quinta-feira, 31 de maio de 2018

domingo, 27 de maio de 2018

Crítica: Fuga do Amanhã |Um Filme de Randy Moore (2013)


Jim (Roy Abramsohn) é o patriarca de uma família, casado com Emily (Elena Schuber) e pai de dois filhos que passam uns dias de diversão na Disneylândia. Durante a curtição do último dia no parque, Jim recebe uma ligação que o informa sobre sua demissão. Porém ao invés de informar a família sobre a triste notícia do desemprego, Jim guarda para si o ocorrido e prossegue com o passeio normalmente. Mas a partir desse ponto, ele passa a ter visões assombrosas, começa a ver comportamentos anormais em sua família e em relação aos brinquedos do parque e os famosos pontos turísticos começam a se tornar atrações de terror. “Fuga do Amanhã” (Escape from Tomorrow, 2013) é uma produção independente de terror escrita e dirigida por Randy Moore. Estreou no Sundance Film Festival de 2013 e foi lançada simultaneamente nos cinemas por meio da Cinetic Media (uma empresa americana de financiamento e distribuição de filmes independentes de maneira teatral e por meio de demanda de vídeo). “Fuga do Amanhã” é um daqueles filmes marcados de mais polemica do que excelência. Os fatos que rondam seu desenvolvimento são infinitamente mais interessantes do que propriamente o filme. Filmado na clandestinidade, Randy Moore filmou a maior parte do filme em locações na Disney World e da Disneylândia sem permissão da The Disney Company. Assim o filme ganhou um caráter polemico por sua audácia.

O problema é que todas as singularidades resultantes da polemica em volta da sua realização, não compensam os problemas de “Fuga do Amanhã”. O filme é muito ruim, onde em sua maior parte beira ao trash (filmado em preto e branco). Certamente que essa natureza peculiar presente no resultado não vai agradar a espectadores habituados a filmes de terror convencionais, como ao mesmo tempo em que apreciadores do gênero podem fazer indicações de outros filmes muito melhores. O elenco e a equipe usaram técnicas de guerrilha para despistar a segurança do parque e não chamar a atenção, como também adotaram o uso de câmeras semelhantes às usadas pelos visitantes do parque como solução para manter o sigilo da intenção. É obvio que as dificuldades de filmagem foram transpostas para a película, já que as atuações são medíocres, os efeitos visuais necessários para combinar o enredo com as locações são esdrúxulos e o roteiro, cuja premissa até é interessante, escolhe ser confuso ao extremo. O enredo leva o espectador a acompanhar uma história debilitada pelas condições de filmagens e que ao final entrega um resultado excessivamente limitado. Embora a ousadia da realização do filme chame a atenção, o filme não impressiona. Assim sendo, “Fuga do Amanhã” é um filme curioso, interessante de ser conferido por quem gosta de filmes incomuns. Mas recomenda-lo é outra história. A Disney por sua vez, ao invés de censura-lo decidiu ignorar. Fica a dica!

Nota:  4/10

terça-feira, 22 de maio de 2018

Crítica: Pantera Negra | Um Filme de Ryan Coogler (2018)


Após os eventos ocorridos em “Capitão América: Guerra Civil”, o rei T’Challa (Chadwick Boseman) retorna para casa, na nação africana de Wakanda, reclusa e tecnologicamente avançada, para servir como o novo líder de seu país depois da morte de seu pai. Quando dois inimigos conspiram para destruir Wakanda, o herói conhecido como Pantera Negra deve se unir ao agente da CIA Everett K. Ross (Martin Freeman) e membros da Dora Milaje, forças especiais de Wakanda para impedir que seu amado país seja arrastado para uma guerra mundial. “Pantera Negra” (Black Panther, 2018) é um filme de super-herói estadunidense baseado no personagem de mesmo nome da Marvel Comics. Sendo o décimo oitavo filme do Universo Cinematográfico Marvel, o filme é escrito por Joe Robert Cole e Ryan Coogler, cujo segundo também assume a direção. O cineasta Ryan Coogler, que depois de se destacar no cinema independente com premiados filmes como “Frutvalley Station”, em 2013 e “Creed – Nascido para Lutar”, em 2015, o cineasta aceitou o convite de dirigir um Blockbuster de respeito e não faz feio. Pelo contrário, pois apresentando um filme que demonstra ter para a surpresa de muitos espectadores ter mais substância do que ação, Coogler apontou ser mais um acerto das diferentes contratações dos estúdios responsáveis pelo crescimento do Universo Cinematográfico da Marvel.

Depois de uma aparição simplesmente magistral em “Capitão América: Guerra Civil”, o personagem Pantera Negra se manifesta com mais profundidade e identidade própria em um filme solo. “Pantera Negra” é mais uma demonstração de amadurecimento comercial do que os filmes de super-heróis podem ser para o público, evidentemente, desde que realizados com foco e o envolvimento de pessoas conscientes de seu propósito. No caso deste, o seu roteiro toca em assuntos pontuais que o mundo tem passado, pois basta dar uma ligeira acompanhada nos noticiários internacionais referentes às medidas de relações públicas do governo norte-americano para ver isso. “Pantera Negra” é sem dúvida o filme mais politizado e crítico do UCM. Pode-se dizer que é um dedo na ferida das lideranças governamentais dos Estados Unidos em relação aos países menos desenvolvidos. Mas o filme também tem humor (de modo moderado se comparado a outros filmes do estúdio), boas cenas de ação regidas com competência, embora distante de serem mais empolgantes do que de outros filmes da franquia que prezavam mais este artificio e uma carga dramática considerável que valoriza as escolhas de elenco. Particularmente não acho que “Pantera Negra” seja o filme mais divertido do Universo Cinematográfico Marvel, mas acredito que sua existência vai provar o seu valor no futuro. Isso quando um dia outros filmes do gênero começarem a se espelhar em sua atitude.

Nota:  7/10

sábado, 12 de maio de 2018

Crítica: Além da Morte | Um Filme de Niels Arden Opev (2017)


Existe uma linha tênue entre a vida e a morte que detém seus segredos. Assim quando quatro estudantes de medicina motivados pela curiosidade da Dr. Courtney Holmes (Ellen Page) iniciam uma experiência controlada para descobrir o que há depois da morte e obter respostas que a ciência ainda desconhece. Ao realizarem paradas cárdicas por pequeno espaço de tempo, eles iniciam o experimentalismo esperando revolucionar a medicina. Porem quando eles são confrontados através de alucinações paranormais com seus pecados do passado depois de passarem pela experiência, sequelas de sua busca revolucionária passam a causar nos estudantes perigosos tormentos. “Além da Morte” (Flatliners, 2017) é uma produção estadunidense de suspense escrita por Ben Ripley e dirigida pelo dinamarquês Niels Arden Opev. Estrelado por Ellen Page, Diego Luna, Nina Dobrev, James Norton, Kiersey Clemons e ainda tem a participação de Kiefer Sutherland, essa produção é uma remafilmagem de suspense chamado “Linha Mortal”, de 1990, filme dirigido por Joel Schumacher. Desnecessário, previsível e pobre de novas ideias, o trabalho de Niels Arden Opev deixa a desejar até por quem desconhece o charme do cult movie dos anos 90.


Embora “Além da Morte” siga uma cartilha rigorosa de clichês funcionais, o trabalho Niels Arden Opev não tem o charme do trabalho de Joel Schumacher, mesmo que ambos sejam rotulados pela crítica especializada como retumbantes fracassos. Além do mais, o roteiro de Ben Ripley não agrega nada de novo se comparado ao roteiro original de Peter Filardi e menos ainda tem a seu favor, a possibilidade de ver futuros astros e estrelas de cinema como o elenco do original, que tinha Kiefer Sutherland, Kevin Bacon, Oliver Platt e Julia Roberts fazendo história nas telonas nos anos seguintes. Ainda que esse remake tenha seus momentos de brilhantismo, a maioria dispersada na primeira meia hora, em resumo não passa de uma versão sofisticada de uma história antiga. O elenco é funcional (com destaque para Ellen Page e Diego Luna), a montagem é inteligente e tenta impressionar o público com alguns sustos típicos de filmes de terror, enfim Niels Arden Opev segue a cartilha de sucesso que não impressiona mais ninguém. A excelência técnica está presente na tela, mas debilitada pelas escolhas ruins do roteiro que não busca apresentar simplesmente nada novo aos espectadores que ainda não tenha sido mostrado à quase trinta anos atrás. Assim sendo, “Além da Morte” é uma refilmagem descartável e bonitinha como a maioria de filmes assim que Hollywood não deixa morrer.

Nota:  5/10
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quinta-feira, 10 de maio de 2018

Cartaz Alternativo: Guardiões da Galáxia Vol. 2

quarta-feira, 2 de maio de 2018

MAN AT ARMS: REFORGED - Stormbreaker - Avengers: Infinity War

Crítica: Colossal | Um Filme de Nacho Vigalondo (2016)


Depois de perder seu emprego e o namorado em Nova York por causa do alcoolismo, Gloria (Anne Hathaway) volta para sua cidade natal para recomeçar sua vida. Depois de reencontrar um antigo amigo de infância, Oscar (Jason Sudekis) agora o proprietário de um bar. Ele gentilmente ajuda Gloria a se estabelecer na cidade dando emprego e alguns móveis para ela. Mas depois do trabalho, ambos costumam passar a madrugada bebendo com outros amigos no bar. Para sua surpresa, numa manhã, na volta para casa descobre uma estranha conexão que tem com um gigantesco monstro que tem aplacado o terror pelas ruas de Seul, o que a obriga a rever seus conceitos de como tem levado a vida. “Colossal” (Colossal, 2016) é uma produção dramática de fantasia escrita e dirigida pelo cineasta espanhol Nacho Vigalondo. Estrelada pela talentosa Anne Hathaway, que é acompanhada de perto pelos atores Jason Sudekis, Dan Stevens, Austin Stowell e Tim Blake Nelson, o filme estreou no Festival Internacional de Cinema de Toronto. De premissa interessante e desenvolvimento bem pontuado, “Colossal” tem a suas qualidades nas suas pretensões modestas que conseguem atingir o coração de uma boa parcela de espectadores.

É inegável que “Colossal” poderia estar à altura de seu título, tornando-se memorável e de antemão proporcionar mais um salto para carreira da cativante atriz Anne Hathaway. A atriz que dobrou o mundo (inclusive a atriz Meryl Streep em "O Diabo Veste Prada") tem sabido alternar grandes blockbusters com produções modestas como nenhuma outra estrela de Hollywood já soube fazer antes. Embora o filme seja genial do jeito que é, poderia mais e muito mais. Por sua vez, ele consegue combinar gêneros e garante uma dose de diversão descompromissada e ainda envereda para dramaticidade com naturalidade. Além do mais, mescla as possibilidades do cinema fantástico ao inserir a presença de um gigantesco monstro destruindo uma cidade com direito a centenas de pessoas correndo desesperadas, prédios sendo destruídos e uma força bélica da Coréia do Sul alvejando a indestrutível ameaça. Tudo brilhantemente conectado os dramas emocionais que assolam a personagem de Anne Hathaway e Jason Sudekis, ambos fantásticos em seus papéis. É a conexão da catástrofe publica com os problemas da vida como ela é. Assim sendo, “Colossal” é um bom filme que funciona como uma lição de moral para o espectador.

Nota:  7/10