quinta-feira, 4 de abril de 2019

Critica: Shazam! | Um Filme de David F. Sandberg (2019)


Billy Batson (Asher Angel) é um garoto órfão de 14 anos que vive saltando de um lar adotivo para outro na Filadélfia. Quando ele é adotado por um casal que se habituou a conceder moradia a muitos filhos adotivos na cidade de Fawcett, certo dia Billy entra em vagão do metrô e é transportado para um reino mágico onde um bruxo lhe dá o poder de se transformar em um super-herói adulto chamado Shazam (Zachary Levi). De posse de poderes nunca antes imaginado por ele, Billy e seu irmão adotivo, Fredy Freeman (Jack Dylan Grazer) precisam entender como funcionam esses poderes antes que o Dr. Thaddeus Sivana (Mark Strong) um perigoso vilão conclua seus planos diabólicos. “Shazam!” (Shazam!, 2019) é uma produção estadunidense de super-herói escrita por Henry Gayden e Darren Lemke, baseado no personagem dos quadrinhos da DC Comics. Dirigida por David F. Sandberg (realizador de filmes como “Annabelle 2: A Criação do Mal” e “Quando as Luzes se Apagam), essa produção é o sétimo filme do Universo Estendido da DC. Leve, divertido e de uma funcionalidade tão inesperada quanto os sucessos mais recentes que foram concretizados pelo selo da DC ultimamente, “Shazam!” não somente cumpre o prometia em trailers e cartazes descontraídos, mas eleva o potencial das ideias que procurava vender.

Shazam!” é tão divertido quanto aparenta ser. Mas tão importante para os fãs de filmes inspirados em super-heróis quanto esse aspecto, é o fato das mudanças que andam rolando dentro do celeiro de ideias que foi responsável pelo resultado de toda essa diversão. A DC tem demonstrado aos poucos que encontrou a sua direção. Se já não bastassem as melhorias encontradas em “Mulher-Maravilha” e “Aquaman”, “Shazam!” funciona de modo redondo e bem ajustado a sua proposta em vários níveis. Sem as amarras para que o filme se conecte em atmosfera aos demais filmes da DC, “Shazam!” é um produto autônomo com identidade própria e que não foi prejudicado pela pouca popularidade. O filme tem uma pegada de aventura que remete a filmes dos anos 80, como “Goonies” e “Quero Ser Grande”, além de ter um roteiro que mexe com temas bem explorados como família e responsabilidades. Esse material é desenvolvido com equilíbrio, onde o bom-humor materializado com boas piadas e as passagens sérias são existentes em diferentes proporções, mas com a mesma precisão. Tanto Asher Angel quanto Zachary Levi estão à vontade em seus papéis, usando de seu carisma natural e abusando das boas passagens do roteiro para ganhar o público. A presença de Jack Dylan Grazer é também insuperável e não poderia ser melhor, além do filme ter um elenco de apoio bem conectado com a proposta do trabalho de direção de David F. Sandberg. Entretanto o ator Mark Strong, condenado a ser um eterno vilão nos cinemas considerando a frequência com que desempenha esse papel deixa um pouco a desejar por sua obviedade.

Shazam!” tem umas cenas de ação bacanas, mas em volume menor do que se poderia esperar de um filme de super-herói. Mas isso não diminui a diversão, já que o trabalho de David F. Sandberg é mais focado no desenvolvimento do personagem, de seus dramas e questionamentos do que na criação de momentos épicos repetitivos. Através desse mais recente trabalho da DC, pode-se esperar um futuro mais promissor do que se via antes para os personagens da produtora. Se “Shazam!” é um produto leve e divertido indicado para toda a família, o lançamento de “Coringa” em outubro certamente será um viés que demonstra a autoconfiança reconquistada da DC que percebeu que a fórmula de sucesso dos outros não é a mesma deles. Só para constar: como já virou regra no gênero, há duas cenas pós-créditos.

Nota:  8/10

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