quarta-feira, 2 de maio de 2018

Crítica: Colossal | Um Filme de Nacho Vigalondo (2016)


Depois de perder seu emprego e o namorado em Nova York por causa do alcoolismo, Gloria (Anne Hathaway) volta para sua cidade natal para recomeçar sua vida. Depois de reencontrar um antigo amigo de infância, Oscar (Jason Sudekis) agora o proprietário de um bar. Ele gentilmente ajuda Gloria a se estabelecer na cidade dando emprego e alguns móveis para ela. Mas depois do trabalho, ambos costumam passar a madrugada bebendo com outros amigos no bar. Para sua surpresa, numa manhã, na volta para casa descobre uma estranha conexão que tem com um gigantesco monstro que tem aplacado o terror pelas ruas de Seul, o que a obriga a rever seus conceitos de como tem levado a vida. “Colossal” (Colossal, 2016) é uma produção dramática de fantasia escrita e dirigida pelo cineasta espanhol Nacho Vigalondo. Estrelada pela talentosa Anne Hathaway, que é acompanhada de perto pelos atores Jason Sudekis, Dan Stevens, Austin Stowell e Tim Blake Nelson, o filme estreou no Festival Internacional de Cinema de Toronto. De premissa interessante e desenvolvimento bem pontuado, “Colossal” tem a suas qualidades nas suas pretensões modestas que conseguem atingir o coração de uma boa parcela de espectadores.

É inegável que “Colossal” poderia estar à altura de seu título, tornando-se memorável e de antemão proporcionar mais um salto para carreira da cativante atriz Anne Hathaway. A atriz que dobrou o mundo (inclusive a atriz Meryl Streep em "O Diabo Veste Prada") tem sabido alternar grandes blockbusters com produções modestas como nenhuma outra estrela de Hollywood já soube fazer antes. Embora o filme seja genial do jeito que é, poderia mais e muito mais. Por sua vez, ele consegue combinar gêneros e garante uma dose de diversão descompromissada e ainda envereda para dramaticidade com naturalidade. Além do mais, mescla as possibilidades do cinema fantástico ao inserir a presença de um gigantesco monstro destruindo uma cidade com direito a centenas de pessoas correndo desesperadas, prédios sendo destruídos e uma força bélica da Coréia do Sul alvejando a indestrutível ameaça. Tudo brilhantemente conectado os dramas emocionais que assolam a personagem de Anne Hathaway e Jason Sudekis, ambos fantásticos em seus papéis. É a conexão da catástrofe publica com os problemas da vida como ela é. Assim sendo, “Colossal” é um bom filme que funciona como uma lição de moral para o espectador.

Nota:  7/10


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