domingo, 27 de maio de 2018

Crítica: Fuga do Amanhã |Um Filme de Randy Moore (2013)


Jim (Roy Abramsohn) é o patriarca de uma família, casado com Emily (Elena Schuber) e pai de dois filhos que passam uns dias de diversão na Disneylândia. Durante a curtição do último dia no parque, Jim recebe uma ligação que o informa sobre sua demissão. Porém ao invés de informar a família sobre a triste notícia do desemprego, Jim guarda para si o ocorrido e prossegue com o passeio normalmente. Mas a partir desse ponto, ele passa a ter visões assombrosas, começa a ver comportamentos anormais em sua família e em relação aos brinquedos do parque e os famosos pontos turísticos começam a se tornar atrações de terror. “Fuga do Amanhã” (Escape from Tomorrow, 2013) é uma produção independente de terror escrita e dirigida por Randy Moore. Estreou no Sundance Film Festival de 2013 e foi lançada simultaneamente nos cinemas por meio da Cinetic Media (uma empresa americana de financiamento e distribuição de filmes independentes de maneira teatral e por meio de demanda de vídeo). “Fuga do Amanhã” é um daqueles filmes marcados de mais polemica do que excelência. Os fatos que rondam seu desenvolvimento são infinitamente mais interessantes do que propriamente o filme. Filmado na clandestinidade, Randy Moore filmou a maior parte do filme em locações na Disney World e da Disneylândia sem permissão da The Disney Company. Assim o filme ganhou um caráter polemico por sua audácia.

O problema é que todas as singularidades resultantes da polemica em volta da sua realização, não compensam os problemas de “Fuga do Amanhã”. O filme é muito ruim, onde em sua maior parte beira ao trash (filmado em preto e branco). Certamente que essa natureza peculiar presente no resultado não vai agradar a espectadores habituados a filmes de terror convencionais, como ao mesmo tempo em que apreciadores do gênero podem fazer indicações de outros filmes muito melhores. O elenco e a equipe usaram técnicas de guerrilha para despistar a segurança do parque e não chamar a atenção, como também adotaram o uso de câmeras semelhantes às usadas pelos visitantes do parque como solução para manter o sigilo da intenção. É obvio que as dificuldades de filmagem foram transpostas para a película, já que as atuações são medíocres, os efeitos visuais necessários para combinar o enredo com as locações são esdrúxulos e o roteiro, cuja premissa até é interessante, escolhe ser confuso ao extremo. O enredo leva o espectador a acompanhar uma história debilitada pelas condições de filmagens e que ao final entrega um resultado excessivamente limitado. Embora a ousadia da realização do filme chame a atenção, o filme não impressiona. Assim sendo, “Fuga do Amanhã” é um filme curioso, interessante de ser conferido por quem gosta de filmes incomuns. Mas recomenda-lo é outra história. A Disney por sua vez, ao invés de censura-lo decidiu ignorar. Fica a dica!

Nota:  4/10

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