sexta-feira, 31 de agosto de 2018

Crítica: O Assassino: O Primeiro Alvo | Um Filme de Michael Cuesta (2017)


Devastado pela morte de sua noiva diante de seus olhos durante uma temporada de férias por um violento atentado terrorista, Mitch Rapp (Dylan O’Brien) dedica-se incansavelmente a vingança, o que chama a atenção da CIA quando o salva das mãos de uma célula terrorista. Recrutado pela CIA, o rapaz é enviado para o rígido treinamento de Stan Hurley (Michael Keaton), um veterano da agência que prepara assassinos para operações secretas. Porém Hurley tem várias dúvidas quanto a figura de Mitch, que embora demonstre grande competência em suas tarefas, os traumas de seu passado podem atrapalhar uma importante operação que visa desarmar um perigoso grupo terrorista. “O Assassino: O Primeiro Alvo” (American Assassin, 2017) é uma produção estadunidense de ação e espionag
em escrita por Stephen Schiff, Michael Finch, Edward Zwick e Marshal Herskovitz. Dirigida pelo americano Michael Cuesta, o filme é estrelado por Dylan O’Brien, Michael Keaton, Sanaa Lathan, Shiva Negar, Taylor Kitsch, David Suchet e Charlott Vega. Inspirado no romance de 2010 escrito por Vince Flynn, o filme tem as suas deficiências, pois força o lançamento por conveniência de uma nova franquia de filmes de espionagem no melhor estilo “Jason Bourne”, mas também é capaz de sobreviver de forma razoável na memória do espectador.

Se há uma razão pela qual “O Assassino: O Primeiro Alvo” é capaz de sobreviver na memória do espectador após ser conferido, ou pelo menos o tempo necessário para se escrever uma ligeira resenha como esta, talvez seja pela excelência técnica de sua execução. O filme é dinâmico, arrojado e destemido, pois tem um fôlego para se manter constantemente frenético para prender a atenção do espectador é admirável. As cenas de ação são de um primor técnico impressionante. Porém, afundado numa infinidade de clichês batidos, toda a energia que é empregada por Dylan O’Brien e o desempenho crível que Michael Keaton consegue imprimir até certa altura da história é desperdiçado. Toda a eficiente estrutura técnica para se criar um bom thriller de suspense é perdida em função de um roteiro que força uma trama difícil de engolir pela infinidade de filmes parecidos já realizados. O desfecho hollywoodiano talvez seja a passagem mais degradante da história. Por isso, “O Assassino: O Primeiro Alvo” não é um filme ruim. Ele só não é bom o suficiente. Toda a sua energia que gera uma história que inclusive começa bem, vai perdendo a força no decorrer do tempo até desaparecer por completo no final. Essa empreitada de criação de um novo assassino profissional provavelmente não terá uma segunda oportunidade para dizer para que veio.

Nota:  6/10

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