quarta-feira, 29 de agosto de 2018

Crítica: Sicário: Dia do Soldado | Um Filme de Stefano Sollima (2018)


Quando o oficial da CIA, Matt Graver (Josh Brolin) recebe uma nova missão que busca estourar uma guerra entre os cartéis de drogas, ele volta a buscar ajuda de seu sicário de maior confiança, Alejandro Gillick (Benicio Del Toro), em um momento onde os perigosos cartéis de drogas começam a ser vistos como células terroristas pelo governo americano depois da descoberta de que eles estão contrabandeando terroristas para os Estados Unidos. A solução para as mudanças que estão ocorrendo é promover o caos entre os próprios grupos rivais. Por isso o objetivo da missão dada pelo alto escalão do governo é sequestrar secretamente a filha caçula de um grande chefão das drogas, e esperar para ver todo o sistema que mantem o narcotráfico em funcionamento ruir. Porém nem tudo sai como planejado e decisões difíceis são necessárias e mudanças de atitude são vitais. “Sicário: Dia do Soldado” (Sicario: Day of Soldado, 2018) é uma produção estadunidense de suspense escrita por Taylor Sheridan e dirigida pelo cineasta italiano Stefano Sollima. Sequência do filme de 2015 que foi dirigido por Dennis Villeneuve e um grande sucesso de crítica, essa produção é estrelada por Josh Brolin, Benicio Del Toro, Isabela Moner, Jeffrey Donovan, Manuel García-Rulfo e Catherine Keener.

Menos impactante e sombrio que seu antecessor, embora igualmente bem realizado, “Sicário: Dia do Soldado” ainda consegue apresentar uma experiência de realismo bastante satisfatória ao espectador com um enredo explicitamente projetado para se mover de modo redondo para público. A história que se desenvolve de forma menos impressionante ganha pontos por se aprofundar nos personagens principais, onde tanto Brolin quanto Del Toro impressionam muito mais do que em “Sicário: Terra de Ninguém. Os diálogos, a forma como se lançam em seus personagens e rumo pelo qual suas histórias enveredam são impressionantes. Entretanto, a jovem sequestrada que Isabela Moner desempenha ou o jovem que busca uma ascensão no meio criminal desempenhado por Manuel García-Rulfo, várias vezes parecem forçados. Há algo artificial em suas figuras, seja pelo inevitável fato que os caminhos desses personagens vão se cruzar ou pela atuação dos próprios. Com boas cenas de ação militar que são brilhantemente filmadas pela câmera de Stefano Sollima, uma trilha sonora de valor para o conjunto e um desfecho bastante tenso dado à história (destaque para cena final dotada de uma grande dose de humor negro que de alguma forma remete a lembrança do estilo do filme anterior).

Por fim, “Sicário: Dia do Soldado” é uma sequência inegavelmente honrada de um filme impecável em todos os sentidos. Dificilmente irá atender as expectativas dos fãs de seu antecessor, porém também não tem do que se envergonhar. O filme funciona, prende a atenção do espectador do começo ao fim com um ótimo nível de excelência, mas não convence em sua totalidade pelas pinceladas de verniz hollywoodiano presentes em seu enredo.

Nota: 7,5/10

2 comentários:

  1. Sicario Terra de Ninguém surgiu pelas mãos de Denis Villeneuve (já tão cheio de projetos bem-sucedidos até ali) e do roteirista Taylor Sheridan em sua estreia como um dos herdeiros do ainda estranhamente influente Traffic, do versátil Steven Soderbergh. Na minha opinião, este foi um dos melhores filmes de ação que foi lançado. O ritmo é bom e consegue nos prender desde o princípio, em Sicario Dia Do Soldado Filme, eu recomendo muito no caso de que ainda não viram. Não tem dúvida de que Benicio del Toro foi perfeito para o papel de protagonista, falar do ator significa falar de uma grande atuação garantida, ele se compromete com os seus personagens e sempre deixa uma grande sensação ao espectador.

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