A parceria de Cage/West já rendeu no passado coisa bem melhor do que essa produção. A fita “Con Air – A Rota da Fuga” (1997), onde o astro Nicolas Cage protagoniza o herói do dia numa produção de ação dirigida por Simon West, a qual foi e ainda pode ser considerado um desfile de excentricidades e exageros, é muito mais interessante do que o filme “O Resgate” (Stolen, 2012), um dia imaginou poder ser. Para começar, “Con Air” tinha tanto um vilão, como um herói carismático; a produção não poupou gastos para materializar os delírios visuais de um diretor experiente no universo dos vídeos musicais; a trilha sonora foi fabulosa como poucas no gênero; entre outros elementos que tiveram uma funcionalidade mais arredondada. Enquanto, “O Resgate” se perde em sua pretensão, onde se tiver sorte, apenas será lembrado como o filme poderia ter sido um bom filme de entretenimento se Simon West não tivesse esquecido como se faz um bom programa para ser exibido na Tela Quente.
Em sua trama acompanhamos Will Montgomery (Nicolas Cage) que passou oito anos na prisão após um golpe milionário mal sucedido. A grana nunca apareceu, pois Will a queimou na fuga, e quando é solto, tanto a polícia quanto um ex-parceiro do golpe passam a persegui-lo – a polícia acredita que ele voltará a roubar, e seu ex-parceiro quer cobrar a sua parte do roubo. No entanto, Will se encontra sinceramente arrependido e disposto a retomar sua vida com honestidade, começando a reatar seus laços familiares com sua filha, Alison (Sami Gale). Mas quando seu antigo parceiro de crimes, Vincent (Josh Lucas) sequestra sua filha querendo os 10 milhões do tão famigerado roubo que não deu certo, lhe concede apenas 12 horas para conseguir o dinheiro para salvar sua filha. Assim, como se o sequestro já não fosse problema suficiente, Will ainda tem agentes do FBI liderados por Harlend (Danny Hudson) em seu encalço piorando tudo, ao querer vê-lo atrás das grades novamente.
Essa produção demonstra tantas fraquezas que é quase impossível enumerá-las. O roteiro é em sua totalidade um clichê desgastado e mal realizado. Como filme de ação não funciona, devido às sequências pouco climáticas e nada inovadoras. Como filme de assalto e roubo perde-se o efeito pela trama pouco inteligente – característica de filmes como “Uma Saída de Mestre” (2003) ou “O Plano Perfeito” (2006) – por não apresentar nenhuma reviravolta que se faça necessária ou uma condução que leve a um desfecho arrebatador. Nicolas Cage, apesar de seu carisma e capacidade de interpretar um anti-herói bacana, como no filme “O Senhor das Armas” (2005), sua interpretação aqui apenas dá sequência a onda de fracassos que tem amargurado nos últimos anos no cinema – muito por culpa do conjunto mal elaborado da produção, que não se destaca em nenhum quesito técnico ou narrativo. De certo modo, mais do que o filme “O Resgate” precisou de um resgate Hollywoodiano, o ator Nicolas Cage também precisa resgatar sua carreira, antes que seja tarde, já que tem feito alguns anos que não emplaca um sucesso de público que livre seu nome da lama.
Nota: 4,5/10
As escolhas de Cage nos últimos anos não foram das melhores. Ainda não conferi este filme.
ResponderExcluirGosto de "Con Air", é um filme de ação absurdo e divertido.
Abraço
Nem perca seu tempo em conferi-lo. Não recomendo. Revisite antes "Con Air". Muito mais divertido!
ResponderExcluirabraço