sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Crítica: Inimigos de Sangue | Um Filme de Eran Creevy (2013)


Por um longo tempo Jacob Sternwood (Mark Strong) foi um dos criminosos mais procurados do Reino Unido. Sua captura era uma questão de honra para o detetive Max Lewinsky (James McAvoy) que depois de uma operação frustrada onde inclusive foi baleado e sobreviveu devido à generosidade do criminoso, passou a ser motivo de chacota entre colegas. Mas depois desse evento, Jacob vive em exilio na distante Islândia aposentado da vida criminosa. Contudo, quando seu filho se envolve em problemas com a lei e vai parar numa cama de hospital sob a guarda da polícia, ele precisa voltar a Londres para resgatá-lo. E certo disso, Max vê nessa ação a oportunidade de captura-lo definitivamente. Porém, quando ambos passam a se confrontar com um inimigo em comum, precisam deixar suas indiferenças de lado juntando forças para combater uma ameaça maior que suas desavenças passadas. “Inimigos de Sangue” (Welcome To The Punch, 2013) é um thriller de ação e suspense de aparência arrojada e elegante, que prima pela estética acima da substância, e desperdiça um bom elenco e uma produção requintada.


Dirigido pelo diretor londrino Eran Creevy (oriundo do universo paralelo dos clipes musicais), ele cria uma trama que em teoria gera uma boa premissa, mas que não se desenvolve com fluência. Apesar de locações elaboradas que valoriza uma urbanização organizada, o apuro do uso de câmera em cenas de ação frenética e dois grandes atores encabeçando o elenco principal, Creevy não consegue converter toda a estrutura técnica que tem ao seu dispor, em uma climatização que se faça notar. A ação apesar de bem realizada não apresenta nada de novo, ao mesmo tempo em que os momentos de tensão apenas exigem do espectador atenção sem merecimento. Mark Strong, quase um especialista na interpretação de vilões e sempre de grande presença de tela, entrega dessa vez uma atuação somente agradável, já que James McAvoy, simplesmente falha na composição de um homem obstinado por fazer justiça a qualquer preço como sugeria a princípio. E muitas das falhas que correm por essa produção estão no debilitado roteiro que faz todo tipo de apelação para chamar atenção sobre os próximos acontecimentos (até mataram a mulher do mocinho).

Com apenas uma boa cena que gera algumas emoções diferenciadas que valem dar alguma credibilidade a essa produção (a cena onde todo mundo está reunido na sala de estar antes de um tiroteio que indica algumas eminentes fatalidades), “Inimigos de Sangue” não consegue criar uma conexão real entre os protagonistas como o título nacional sugere. Apesar de serem atores de reputação elogiosa, seus resultados ficaram abaixo do que se esperava, e muito disso, em função da ausência de um condutor de atores, sendo que Eran Creevy está mais para um orquestrador de imagens bonitas como se essa produção fosse um vídeo clipe de alguma banda famosa.

Nota:  5/10

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