sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Crítica: Reino de Fogo | Um Filme de Rob Bowman (2002)


O ano é 2008. Quando uma equipe de escavações de um metrô em Londres acidentalmente acaba descobrindo a existência de um gigantesco dragão nos subsolo britânico. Dando origem a uma nova geração de criaturas cuspidoras de fogo, se inicia uma catástrofe de proporções épicas pelo mundo. Difíceis de matar, e sendo que se reproduzem com rapidez, logo o mundo é tomada por essas temíveis feras. A humanidade praticamente dizimada ao longo das anos, resta apenas pequenos grupos de sobreviventes que resistem lutando contra os implacáveis dragões. Cerca de 20 anos após o inicio dessa perigosa infestação, Quinn (Christian Bale) lidera um desses grupos de sobreviventes na Inglaterra. Certo dia chega um grupo de americanos armados até os dentes e comandados por Van Zan (Matthew McConaghey) pedindo apoio aos ingleses. Visto como um provável suicídio, os americanos partem em sua caçada com poucos recrutas e nenhuma chance de sucesso. Decididos a caçar e matar todos os dragões que se aninham em Londres, seus planos fracassam após um ataque devastador do macho que se fosse destruído, poderia levar esperança a humanidade. É quando Quinn após um grande ataque que praticamente dizima sua inexpressiva resistência, decide também ajudar Van Zan os levando direto ao epicentro do mal que assola a humanidade: direto para a toca do dragão. "Reino de Fogo" (Reign of Fire, 2002) é uma produção de 95 milhões de dólares dirigida por Rob Bowman (Elektra, 2005) e que materializa um exemplar interessante de aventura de ação, que ao inserir dragões (de modo lógico embora impossível) em um mundo contemporâneo, mostra uma visão apocalítica diferenciada dos rumos da humanidade. 

      
Com um elenco de pré-estrelas (Christian Bale, Matthew McConaghey e Gerard Butler) que viraram verdadeiras sensações de bilheteria em outras produções diferentes posteriormente, essa produção teve uma passagem infeliz pelos cinemas (não rendeu nem a metade do que custou). Com um clima que remete a filmes pós-apocalípticos, sua ambientação é rica visualmente. Os dragões são em grande parte exercícios bem realizados de efeitos especiais combinados com técnicas convencionais de filmagem de resultado funcional. E se os efeitos funcionam bem, o mesmo vale para o elenco, apesar da falta de um roteiro envolvente e conectasse o espectador as subtramas do grande enredo. Embora Bale seja o fósforo que acende o fogo e esquenta a chapa, entrega uma interpretação pouco expressiva, enquanto McConaghey transborda talento apesar de interpretar um personagem de poucos amigos. Com boas cenas de ação, onde a parte técnica tem uma elaboração interessante, a condução de Rob Bowman não consegue conferir credibilidade a momentos chaves do longa (tentar convencer o mundo da existência passada de dragões não é tarefa fácil), como não consegue conferir tensão a certas sequências que tinham esse propósito. Trata-se de um filme onde suas maiores qualidades se encontram primeiramente na premissa curiosa e depois em alguns aspectos técnicos da produção (a trilha sonora sempre em tom elevado para despertar as emoções no espectador, nem sempre afloram com a devida intesnidade). Em resumo, "Reino de Fogo" se diferencia um pouco da estética de Hollywood, embora não se mostre em desenvolvimento melhor por isso. Tem boas cenas e excelentes atuações, mas não se mostra um produto muito eficiente e para todos os públicos que apenas se agradaram com as possibilidades da premissa. Poderia ter ficado melhor.

Nota: 5,5/10

2 comentários:

  1. Mesmo com falhas na direção, gostei bastante deste filme.

    O clima, as cenas de ação e as interpretações são os pontos principais, principalmente o enlouquecido personagem de McConaughey.

    Abraço

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    1. McConaughey está ótimo sim. Inclusive o achei melhor do que o Christian Bale, mesmo não sendo o "salvador da pátria". Mas ajudou de certo modo.

      abraço

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