Segundo
a ciência, Efeito Borboleta é um
termo que se refere à dependência sensível às condições iniciais de um evento profundamente
ligadas a Teoria do Caos. Este
efeito foi analisado pela primeira vez em 1963 por Edward Lorenz, e que segundo
a cultura popular em relação à teoria apresentada, prega que o bater das asas
de uma borboleta em determinado ponto do mundo pode influenciar o curso natural
das coisas em outro ponto do planeta, como talvez provocar um tufão sem uma
explícita correlação. Segundo o cinema, “Efeito
Borboleta” (The Butterfly Effect, 2004) é uma produção despretensiosa que
se aproveita do fundamento cientifico e prol do entretenimento fácil. A grande
surpresa é que embora não se apresente relevante à ciência, foi um estrondoso sucesso
de bilheteria que inclusive gerou uma conveniente sequência de filmes menos competentes.
Na história de “Efeito Borboleta”, acompanhamos Evan (Ashton Kutcher) um
estudante com sérios problemas psicológicos atribuídos ao seu passado. Após um
grave trauma ele descobre ter a capacidade de voltar no tempo e refazer o
futuro segundo suas pretensões. Mas o que parecia ser uma dádiva de Deus acaba
se tornando uma maldição, porque a cada mudança benéfica que realiza em seu
passado, desencadeia efeitos colaterais em seu presente/futuro piores do que quando
estivam intocadas.
O
maior mérito dessa produção reside no roteiro que também é de autoria dos
diretores. Com uma trama bem construída, de estrutura técnica apurada, a
história se constrói de modo imprevisível. As mudanças do passado não dão
pistas das consequências que terão no futuro, como também o espectador não é
poupado da frieza delas. Com atuações inspiradas e uma condução firme no propósito
de criar um longa com fundamentos científicos expressivos, Eric Bress e J.
Mackye Gruber apresentam uma obra que alia bem ciência e cinema no mesmo
pacote, e ganha pontos por desenvolverem uma ilusão delicada de sucesso a
espera de um inevitável desmoronamento. A ideia de que podemos voltar no tempo
para mudar o passado a nosso favor, é o combustível que motiva nosso
protagonista, e a essência de todo enredo. Só que, o ato da mudança demonstra
ser o passo mais fácil do problema, justo que é quase impossível prever suas consequências.
“Efeito Borboleta” é um destes projetos cinematográficos que de certo modo não
apresentam nenhuma novidade, ou algo extraordinário até mesmo em sua premissa.
Porém além de divertir (como deve ser) não deixa de ser notável o quanto é imprevisível
o sucesso em Hollywood.
Nota: 7/10
É uma trama bem amarrada que prende a atenção do espectador.
ResponderExcluirDiversão despretensiosa de qualidade.
Abraço
Divertido como deve ser...
ResponderExcluirabraço