Depois do remake de "Guerra dos Mundos" (2005) o nome do astro Tom Cruise já havia sido associado há vários outros gêneros cinematográficos no decorrer dos anos, mas nenhum deles era novamente ligado a ficção-cientifica. Através de "Oblivion" (Oblivion, 2013) o ator quebra seu jejum e retorna, com a ajuda de um diretor que tem sido visto como uma promessa para o futuro, para esse fascinante gênero. Joseph Kosinski, (Tron - O Legado, 2010) é responsável pela materialização da graphic novel que gerou o filme, trazendo a pouca, porém expressiva experiência que tem, para compor um futuro pós-apocalíptico resultante de uma invasão alienígena. Dessa experiência veio, o apuro visual e o cuidado com a estética que consagrou seu trabalho anterior. Na trama de "Oblivion" testemunhamos as consequências de uma invasão alienígena que devastou o planeta terra, deixando quase que o inabitável. A humanidade passou a viver em Titã (lua de saturno) como alternativa, construindo uma espécie de colonia, enquanto Jack (Tom Cruise) trabalha no planeta fazendo a manutenção das máquinas em funcionamento na Terra que captam recursos naturais do planeta e resistem a eminentes ataques dos alienígenas ainda presentes no planeta. Para isso, conta com a ajuda de sua parceira Victoria (Andrea Risenborough) também técnica em comunicações, que têm como repouso uma estação flutuante acima das nuvens. Sua rotina é mudada ao resgatar uma mulher (Olga Kurylenko) que desencadeia em Jack questionamentos sobre suas memórias e seu verdadeiro papel no planeta.
Se à primeira vista a premissa desse filme possa parecer ao espectador desprovida de originalidade, sua construção prova aos poucos o contrário, tornando-se bastante atraente no conjunto. Isso principalmente, pelo visual cuidadoso e imaginativamente detalhado da produção. Em contrapartida, o desenvolvimento da história oscila com uma série de reviravoltas inesperadas e em algumas vezes confusas. Culpa do roteiro. O foco desinteressante da trama contribui negativamente, como o mal-aproveitamento do elenco de apoio, que desperdiça atores como Morgan Freeman, que é de conhecimento público que com bons papéis pode fazer a diferença. Porém, ao mesmo tempo em que o roteiro no qual Joseph Kosinski divide os créditos com Karl Gajdusek e Michael Arndt comete certos pecados, a produção se salva ao permear toda obra com homenagens bem feitas a outros sucessos da sci-fi. Filmes como: "2001 - Uma Odisséia no Espaço", "Lunar", "Predador", "Star Wars", entre outros, são bem homenageados. Cruise, prova mais uma vez, que pode segurar um bom filme independente do gênero, apesar dessa produção não ser imprescindível as fãs do gênero, sempre ansiosos para serem apresentados a uma obra que se iguale a sucessos como "Alien", "Blade Runner" ou "Star Wars". Por fim, "Oblivion" demonstra ser um bom programa, que apesar de alguns equívocos pouco comprometedores, demonstra todo potencial de seu realizador. Com um estilo de filme anos luz a frente, com uma visão desoladora de futuro, Joseph não deixa de enriquecê-lo com elementos familiares e nostálgicos sem parecer forçado. O filme carece de ritmo, mas é lindo de se ver.
Nota: 7,5/10
Nota: 7,5/10
Curti o filme. Achei um pouco confuso, mas o apuro visual é arrebatador.
ResponderExcluirEssa confusão é unanime. E sim, o visual é de cair o queixo de tão bom que ficou!
Excluirabraço