sábado, 23 de março de 2019

Crítica: Capitã Marvel | Um Filme de Anna Boden e Ryan Fleck (2019)


Carol Danvers (Brie Larson) é uma mulher impulsiva de grande poder que busca entender o seu passado, mas a sua memória recheada de lembranças confusas a atrapalha ela nessa tarefa. Agindo como uma guerreira pelos interesses do povo Kree, ela se vê encurralada em um embate contra o povo Skrulls e numa missão fracassada é arremessada para o planeta Terra no auge dos anos 90, quando a organização SHIELD ainda está dando seus primeiros passos em favor da humanidade. Nick Fury (Samuel L. Jacskon) passa a ajudar Carol na sua missão e na sua busca por respostas que indica que seu passado está diretamente relacionado com uma misteriosa cientista que morreu em um acidente de avião. Decidida a encontrar as respostas que podem para a sua surpresa, acabar com a guerra entre os povos, o planeta Terra serve de campo de batalha para um conflito galáctico que pode revelar o surgimento de uma nova heroína determinada a ajudar os fracos e oprimidos. “Capitã Marvel” (Captain Marvel, 2019) é uma produção estadunidense de super-herói baseada nos personagens da Marvel Comics e dirigida por Anna Boden e Ryan Fleck. Estrelado por Brie Larson, Samuel L. ackson, Jude Law, Ben Mendelsohn, Djimon Housoun, entre outros mais; tem o roteiro escrito a várias mãos, sendo o vigésimo primeiro filme do Universo Cinematográfico Marvel e o primeiro filme solo da personagem Capitã Marvel. Sobretudo, também um dos filmes mais rentáveis produzidos pela Marvel Studios.

O que fez com que “Capitã Marvel” se tornasse um sucesso? É fato que a boa recepção do público se deve muito as elevadas expectativas em relação ao esperado lançamento de “Vingadores: Ultimato” (previsto para 26 de abril de 2019). A sequência de “Homem-Formiga” se beneficiou do mesmo fenômeno. Considerando que para se ter uma boa compreensão do conjunto é necessário se ter pelo menos o conhecimento das partes que a compõem, torna-se vital (pelo menos o estúdio implanta propositalmente essa ideia no imaginário dos fãs e mostra-se perceptível nos iniciados) o acompanhamento de cada novo episódio do Universo Cinematográfico Marvel. É inegável que os Vingadores ainda são a cereja do bolo da Marvel. Com isso, o nível de excelência de “Capitã Marvel” pouco importa ou justifica seu sucesso, mas o modo como ele se conecta ao conjunto. Contudo, ainda assim o trabalho de Anna Boden e Ryan Fleck em cima da personagem de Brie Larson é bastante funcional. Serve como uma boa apresentação da personagem que nos quadrinhos tem um papel superlativo e se molda bem aos propósitos do estúdio. Inclusive Brie Larson segura bem à responsabilidade de seu papel e faz valer seu carisma natural que a alçou do cinema independente para as grandes produções de Hollywood. Além do mais, é curioso ver Nick Fury e o agente Coulson em seus primórdios não tão sabidos como de costume.

Capitã Marvel” é suficientemente preenchido com boas cenas de ação proporcionadas por efeitos em CGI excelentes, doses de humor bem distribuídas ao longo do filme e algumas sacadas tão necessárias quanto esperadas. O roteiro mesmo que desprovido de passagens de brilhantismo do tipo que habita outras produções do Universo Cinematográfico Marvel, ainda consegue ser tão autossuficiente quanto funcional. Em resumo: entretenimento garantido. Iniciado com uma discreta homenagem ao gênio dos quadrinhos Stan Lee (1922-2018) e finalizado com um par de cenas pós-créditos onde apenas uma vale a expectativa da espera.

Nota:  7,5/10

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