quarta-feira, 2 de janeiro de 2019

Crítica: Mãe e Pai | Um Filme de Brian Taylor (2017)


Carly (Anne Winters) e seu irmão mais novo, Josh (Zackary Arthur) devem sobreviver durante 24 horas a um fenômeno inexplicável: uma histeria em massa de natureza desconhecida que faz com que os pais, de toda cidade se voltem violentamente contra seus próprios filhos (mas somente contra seus filhos). Assim Brent (Nicolas Cage) e sua esposa, Kendall (Selma Blair) passam a ficarem obcecados por matar seus filhos. “Mãe e Pai” (Mom and Dad, 2017) é uma produção de comédia de humor negro e suspense que foi escrita e dirigida por Brian Taylor (diretor de filmes como “Adrenalina”, de 2009; “Gamer”, de 2009; “Motoqueiro Fantasma: Espirito da Vingança”, de 2011; entre outros). A premissa curiosa dessa produção, a forma como se desenvolve e por sua vez o resultado é uma espécie de homenagem que bebe da fonte dos filmes B dos anos 70. Audacioso por sua premissa politicamente incorreta e corajosa, realizado por Brian Taylor com total consciência de sua inspiração e que escolheu um elenco principal que coube como uma luva para o derradeiro projeto, deixando Nicolas Cage entregar mais uma divertida atuação inesperada como há muito tempo não faz.

O problema de “Mãe e Pai” é que ele foi mais bem recebido pela crítica do que pelo público em geral. E muito disso se deve ao fato de que a maioria dos espectadores não compraram a ideia principal de seu realizador. Uma pena, já que possivelmente esse seja o filme mais redondo da carreira de Brian Taylor que eu conheça. Sua essência trash não foi bem recebida e mesmo com uma ótima interpretação de Nicolas Cage, como a da própria Selma Blair, não convenceram. Nicolas Cage chegou a declarar em entrevistas que esse foi o filme mais divertido no qual atuou nos últimos anos. Compreensível, considerando que possibilitou a ele colocar todos seus estranhos trejeitos para fora com um só personagem. Além do mais, o estapafúrdio roteiro ainda concede um espaço valoroso para algumas mensagens pontuais como uma ácida crítica a falta de comunicação entre pais e filhos, a viciante ação da tecnologia, entre outras mais. Assim, superando ou relevando a premissa inicial do enredo que possivelmente pode soar um pouco ofensiva para uma grande parcela de público, “Mãe e Pai” pode oferecer um interessante programa para ser conferido (eu não diria com a família).

Nota:  7/10


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