quarta-feira, 4 de julho de 2018

Crítica: Fechando Negócio | Um Filme de Sean Nalaboff (2016)


Hard Buchanan (Skyler Gisondo) é um estudante do ensino médio pobre que batalha para estudar em boa escola localizada na Gold Coast de Long Island. Sempre ocupado com sua instável mãe, Lorna Buchanan (Kristin Chenoweth) e sua obsessão pelo cachorro da família, as coisas somente pioram quando o estimado cão fica doente. Sem dinheiro ou a quem recorrer, Hardy fecha um estranho acordo com a problemática Bo (Katrina Bowden) para arrecadar a quantia necessária para o tratamento do animal. O acordo? Simples. Ambos descobrem que é possível lucrar muito à custa de vários adolescentes ricos sem fazer grandes esforços, ao mesmo tempo em que ainda Bo pode ajuda-los com os problemas comuns da vida. “Fechando Negócio” (Hard Sell, 2016) é uma comédia dramática estadunidense escrita e dirigida por Sean Nalaboff. Estreia como diretor de Sean Nalaboff, o filme é estrelado por Skyler Gisondo, Kristin Chenoweth e Katrina Bowden. Estampando corpo e alma de filme de “Sessão da Tarde”, Nalaboff entrega um filme pequeno de grande alcance e pouca força.

O grande problema de “Fechando Negócio” é que se trata de um filme estacionado no tempo. Mais precisamente na década de oitenta e setenta. Embora sempre haja no cinema uma necessidade de se debater sobre as dúvidas do processo de amadurecimento dos jovens, a forma como essa produção o faz se mostra no mínimo antiquada. E por sinal, isso em quase todos os aspectos. Quase nada em “Fechando Negócio” representa a realidade dos jovens contemporâneos e menos ainda a juventude atual. Parece uma visão romanceada saída de um roteiro engavetado já a algumas décadas, tamanho são seus contornos adocicados e ausências de passagens legitimas da atualidade. Porém esse aspecto pode ser ao mesmo tempo um trunfo por deter um grande charme devido a forma orgânica que ele apresenta esse material. É inegável que se trata de um filme feito para toda a família e assumidamente bem articulado. Porém ele sofre por sua falta de pretensão ao não representar os problemas de uma juventude contemporânea. Mas “Fechando Negócio” atende a sua suave proposta e se beneficia por até ser capaz de tocar no coração de uma plateia com inclinação mais emotiva.

Nota:  6/10

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