segunda-feira, 2 de julho de 2018

Crítica: Bright | Um Filme de David Ayer (2017)


Em um mundo alternativo contemporâneo, os seres humanos coexistem com criaturas fantásticas como Orcs, fadas e elfos desde os primórdios dos tempos. Mas embora eles convivam no mesmo território, a harmonia é rara entre as espécies. E quando os policiais de Los Angeles, Daryl Ward (Will Smith) e o primeiro policial Orc da história da humanidade, Nick Jacoby (Joel Edgerton) iniciam uma rotineira noite de patrulha pelas ruas da cidade, eles acabam por encontrar um artefato poderoso (uma varinha mágica capaz de alterar o futuro do mundo como eles o conhecem), ambos os policiais devem deixar suas diferenças de lado e superar o preconceito que rondam suas cabeças e proteger o artefato para que não caia em mãos erradas, pois todos os que tomam conhecimento da existência do artefato passam a travar uma guerra por seu poder. “Bright” (Bright, 2017) é uma produção estadunidense de ação policial e fantasia que foi escrita por Max Landis e dirigida por David Ayer. Estrelado por Will Smith, Joel Edgerton, Noomi Rapace, Lucy Fry e Édgar Ramírez, o filme foi lançado pela Netflix em 22 de dezembro de 2017. Numa mistura de filme policial com “Senhor dos Anéis”, David Ayer demonstrou ter superado o fracasso de crítica que “Esquadrão Suicida” (2016) resultou e entrega um filme divertido e inusitado.


Bright” apresenta uma proposta tão desafiadora quanto inusitada: tornar o enredo plausível o suficiente para que o espectador compre a ideia antes que a rejeite por suas peculiaridades. E David Ayer acerta precisamente nesse quesito, ao mesclar a atmosfera de filmes policiais com o de fantasia de forma orgânica, sem muitas justificativas ou soluções complexas. Além do mais, o roteiro agrega boas passagens ao explorar elementos sobre preconceito, racismo e lealdade que giram em volta da dupla policial (esse talvez seja o aspecto que mais valide o resultado dessa produção). Sobretudo, o cineasta aproveita com habilidade o carisma do astro Will Smith e o talento do ator australiano Joel Edgerton, e desenvolve uma química razoável entre os dois que cativa o público. Some ao conjunto da obra: a presença de uma impressionante vilã interpretada pela talentosa Noomi Rapace; excelentes cenas de ação conduzidas com maestria (destaque para a que ocorre na loja de conveniência de um posto de combustível); e um punhado efeitos visuais competentes que atendem pontualmente as necessidades da proposta que a produção anseia emplacar. Com uma trama simplista, algumas boas sacadas narrativas e nenhuma pretensão de se tornar memorável, “Bright” entrega um resultado honesto.

Embora alguns diálogos bobocas que estão presentes em alguns momentos do filme e o desfecho tão previsível  quanto exagerado possa deixar o espectador um pouco decepcionado pela falta de audácia, e desejando algo mais elaborado de acordo como a proposta dessa produção, “Bright” ainda garante uma boa dose de diversão ao público. Isso sem falar que ainda deixa algumas pontas soltas e um discreto gancho que possibilita ser explorado com mais cuidado no futuro

Nota:  7/10

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