domingo, 10 de junho de 2018

Crítica: Boneco de Neve | Um Filme de Tomas Alfredson (2017)


Quando Harry Hole (Michael Fassbender), um renomado detetive da Noruega começa a investigar o desaparecimento de uma mulher, isso mediante as poucas pistas que são deixadas para trás, algum tempo depois a vítima é encontrada morta próxima a um boneco de neve. Porém com a ajuda de Katrine Bratt (Rebecca Fergunson) e seus estudos sobre casos semelhantes ao dela, para o temor dos dois investigadores algumas pistas levam a investigação a acreditar com toda a certeza que um serial Killer pode estar envolvido em inúmeros casos de homicídio que tem ocorrido a muitos invernos atrás. “Boneco de Neve” (The Snowman, 2017) é um suspense policial britânico escrito por Hossein Amini e Matthew Carnahan e dirigido por Tomas Alfredson. Baseado no romance de Jo Nesbo, de mesmo nome (o sétimo livro da série de Harry Hole), o filme é estrelado por Michael Fassbender e Rebecca Fergunson, além de ter também no elenco Toby Jones, J.K. Simmons e Jakob Oftebro. Odiado pela crítica especializada com um pouco mais de exagero do que o comum, o thriller psicológico “Boneco de Neve” não responde a todas as expectativas deles. O que levanta uma questão importante: Será que ele não pode atender as suas necessidades?

Boneco de Neve” é uma espécie de requentado de tudo que já foi oferecido pelo gênero antes, como a maioria de filmes do mesmo âmbito lançados nos últimos anos.  Embora Jo Nesbo já tenha sido transposto para película de modo mais envolvente antes, como em “Headhunters”, de 2011 ou no lento “O Espião que Sabia Demais”, também de 2011, e sua obra aqui tenha sido um pouco desfigurada pela produção (pois ainda que a maior parte do filme tenha sido filmada na Noruega, qualquer traço da cultura foi removida) a atmosfera sombria do filme é brilhantemente construída, independente aonde tenha sido filmada. As alterações da obra original, consequentes das dificuldades ocorridas durante as filmagens ou resultantes do roteiro pouco afetam o conjunto, isso caso você desconheça o material de sua inspiração. O elenco atende ao propósito do filme, sem destaques e sem condenações sumarias. Por isso, “Boneco de Neve” é um thriller psicológico que detém um percentual de qualidades suficientes para prender a atenção de uma parcela relevante de público que não espera uma experiência sempre inovadora no que vê, mas um programa satisfatório.

Visualmente deslumbrante, seja pela fotografia ou pelas suntuosas paisagens, “Boneco de Neve” está longe de ser uma obra-prima do cinema contemporâneo e está na equivalente distância de ser esse Bicho de Sete Cabeças que é rotulado. Possivelmente serve como uma adequada amostra do trabalho de Tomas Alfredson, uma razoável atuação de Michael Fassbender e o conjunto da obra segue a cadeia de tudo que já foi feito antes no gênero, mas pelo menos com uma qualidade técnica digna de encher os olhos.

Nota:  6,5/10
     

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