quarta-feira, 6 de junho de 2018

Crítica: Atômica | Um Filme de David Leitch (2017)


Lorraine Broughton (Charlize Theron) é uma agente do MI6 que é enviada para Berlim durante a Guerra Fria ás vésperas do colapso do Muro de Berlim em 1989, onde tem que localizar uma lista de agentes duplos que esta em posse de um importante informante. Além de ser uma possível chave para a descoberta de um agente duplo infiltrado na agência de espionagem que é responsável pelo assassinato de um antigo parceiro da agente. De seu lado está David Percival (James McAvoy), um colaborador da região e que transita livremente entre os dois lados do muro e pode ser uma peça fundamental para Lorraine encontrar sucesso em sua missão. “Atômica” (Atomic Blonde, 2017) é uma produção estadunidense e ação e espionagem escrita por Kurt Johnstad e dirigida por David Leitch. Baseado na graphic novelThe Coldest City”, de 2012, de Anthony Johnston e ilustrada por Sam Hart, esse é o primeiro filme que David Leitch assina solitariamente a direção após o seu envolvimento no sucesso de “De Volta ao Jogo”, de 2014, a qual a direção foi dividida com Chad Stahelski. Financeiramente rentável (o seu faturamento foi cerca de três vezes o valor de seu orçamento), bem recebido pela crítica e ovacionado pelo público que gosta de um bom filme de ação e espionagem a moda antiga, “Atômica” demonstra todo o potencial do gênero sem a necessidade de um protagonista masculino.

Atômica” é a soma de vários elementos bem escolhidos. David Leitch, diretor que tem demonstrado fôlego e que sabe o que faz desde que ingressou na direção de um tipo de filme cujo seu contato sempre foi muito próximo dentro da indústria do cinema; Charlize Theron, uma atriz que tem talento, beleza e disposição física para conferir credibilidade a uma personagem tão implacável como Lorraine Broughton; James McAvoy, que após seu frutífero ingresso na franquia X-Men passou a ser um dos novos queridinhos de Hollywood, além de ainda ter emplacado alguns projetos bastante positivos na sua filmografia nos últimos anos, como “Fragmentado”, de 2016; e uma boa história que brilhantemente condimentada com cenas de ação inquestionavelmente empolgantes e criativas, fazem de “Atômica” uma ótima opção de entretenimento no gênero de filmes de ação e espionagem que estreou nos últimos tempos. Além do mais, a trilha sonora de Tyler Bates (nome sempre associado a filmes de ritmo e estética arrojada), repleta de familiares sucessos dos anos 80, com destaque para a canção "Blue Monday", do New Order acentuam a atmosfera esperada do filme. Embora o roteiro se mostre um pouco mais confuso de forma negativa do que a maioria dos espectadores suporta, “Atômica” estabelece um desenvolvimento ajustado a sua proposta e que impressiona por seu ritmo e vigor ao não poupar o espectador de muita pancadaria sem firulas (algumas dotadas de desempenhos brutais) e pontuais reviravoltas do roteiro intensificadas pelo desempenho de todo o elenco.

Atômica” é um daqueles filmes de ação que desperta vontade de assistir inúmeras vezes, tamanha a sua potencialidade de entretenimento. É fascinante ver filmes assim, pois você sempre volta a se impressionar com alguma coisa a mais que passou despercebido numa visualização anterior.

Nota:  8/10


Nenhum comentário:

Postar um comentário