terça-feira, 22 de maio de 2018

Crítica: Pantera Negra | Um Filme de Ryan Coogler (2018)


Após os eventos ocorridos em “Capitão América: Guerra Civil”, o rei T’Challa (Chadwick Boseman) retorna para casa, na nação africana de Wakanda, reclusa e tecnologicamente avançada, para servir como o novo líder de seu país depois da morte de seu pai. Quando dois inimigos conspiram para destruir Wakanda, o herói conhecido como Pantera Negra deve se unir ao agente da CIA Everett K. Ross (Martin Freeman) e membros da Dora Milaje, forças especiais de Wakanda para impedir que seu amado país seja arrastado para uma guerra mundial. “Pantera Negra” (Black Panther, 2018) é um filme de super-herói estadunidense baseado no personagem de mesmo nome da Marvel Comics. Sendo o décimo oitavo filme do Universo Cinematográfico Marvel, o filme é escrito por Joe Robert Cole e Ryan Coogler, cujo segundo também assume a direção. O cineasta Ryan Coogler, que depois de se destacar no cinema independente com premiados filmes como “Frutvalley Station”, em 2013 e “Creed – Nascido para Lutar”, em 2015, o cineasta aceitou o convite de dirigir um Blockbuster de respeito e não faz feio. Pelo contrário, pois apresentando um filme que demonstra ter para a surpresa de muitos espectadores ter mais substância do que ação, Coogler apontou ser mais um acerto das diferentes contratações dos estúdios responsáveis pelo crescimento do Universo Cinematográfico da Marvel.

Depois de uma aparição simplesmente magistral em “Capitão América: Guerra Civil”, o personagem Pantera Negra se manifesta com mais profundidade e identidade própria em um filme solo. “Pantera Negra” é mais uma demonstração de amadurecimento comercial do que os filmes de super-heróis podem ser para o público, evidentemente, desde que realizados com foco e o envolvimento de pessoas conscientes de seu propósito. No caso deste, o seu roteiro toca em assuntos pontuais que o mundo tem passado, pois basta dar uma ligeira acompanhada nos noticiários internacionais referentes às medidas de relações públicas do governo norte-americano para ver isso. “Pantera Negra” é sem dúvida o filme mais politizado e crítico do UCM. Pode-se dizer que é um dedo na ferida das lideranças governamentais dos Estados Unidos em relação aos países menos desenvolvidos. Mas o filme também tem humor (de modo moderado se comparado a outros filmes do estúdio), boas cenas de ação regidas com competência, embora distante de serem mais empolgantes do que de outros filmes da franquia que prezavam mais este artificio e uma carga dramática considerável que valoriza as escolhas de elenco. Particularmente não acho que “Pantera Negra” seja o filme mais divertido do Universo Cinematográfico Marvel, mas acredito que sua existência vai provar o seu valor no futuro. Isso quando um dia outros filmes do gênero começarem a se espelhar em sua atitude.

Nota:  7/10

2 comentários:

  1. Os filmes do Ryan Coogler são demais. Ele é um diretor incrível e soube conduzir o filme como ninguém. Eu estava procurando uma boa sinopse do filme e adorei essa. E Pantera Negra me conquistou por tudo o que você falou. Demorei um pouco para assistir, mas depois de tanta gente decidi assistir e foi uma grata surpresa. Eu também gostei o trabalho do pantera negra ator Para mim, o filme se tornou um dos marcos do cinema, não só na questão de filmes de super-heróis, mas também pela forma peculiar como Wakanda e seus personagens são apresentados. Super indico

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