Recém-libertado da cadeia, Jake (John Belushi) recebe a oportunidade de sair em condicional pelo crime de roubo sob os cuidados de seu irmão Elwood (Dan Aykroyd). Assim os dois irmãos juntos novamente diante de um urgente recomeço partem rumo ao orfanato onde cresceram sob os ensinamentos das freiras. Ao chegarem lá descobrem de que a igreja irá cancelar o apoio ao orfanato, o condenando ao fechamento. Com poucas opções em mãos, já que dinheiro desonesto nunca foi bem visto pelas freiras, os dois irmãos decidem retornar as atividades da banda The Blues Brothers Band, na intenção de realizar um grande show para arrecadar uma boa quantia para garantir a difícil sustentabilidade do orfanato. Uma difícil tarefa na qual os dois se entregam de corpo e alma. “Os Irmãos Cara-de-Pau” (The Blues Brothers, 1980) é uma comédia musical cult dirigida por John Landis. Estrelada por John Belushi (1949 - 1982) e Dan Aykroyd, os dois foram comediantes famosos oriundos do programa de TV Saturday Night Live. Suas interpretações no longa-metragem surgiram da própria criação dois atores (com colaboração de Ron Gwynne) com suas performances apresentadas na forma de sketches, um formato de humor bastante convencional entre artistas buscando ascensão. Se suas passagens pelo programa chamaram a atenção de Hollywood, a pareceria dos dois gerou um filme cult oitentista extremamente memorável frequentemente homenageado, repleto de canções icônicas perfeitamente interpretadas pela dupla.
“Os Irmãos Cara-de-Pau” surgiu do mesmo nicho de mercado humorístico que “Quanto Mais Idiota Melhor”, filme estrelado por Dana Carvey e Mike Meyers. Mas se difere em quase tudo, tendo similaridades apenas a suas origens. O filme de John Landis aproveita bem a química dos dois protagonistas, como também estabelece um tributo musical envolvente e mais do que divertido. Embora tenha surgido uma sequência em 1998 (estrelada por John Goodman, Dan Aykroyd e Joe Morton), mas não atingiu o sucesso do primeiro filme. Se a história em premissa não era grande coisa, aspecto comum em produções da época, a forma de como ela se apresentava fez toda a diferença. Seu desenvolvimento é uma viagem encantada que nos mostra artistas como James Brown, Aretha Franklin, Ray Charles entre outros (cineastas como Steven Spielberg e Frank Oz também fazem pontas como atores) brilhando na película agregando mais bagagem a sua imortalidade. “Os Irmãos Cara-de-Pau” é diversão garantida que habita o gosto de fãs de cultura pop. Embora não tenha sido criado para ganhar prêmios em cerimonias elitistas, essa produção ganhou o maior dos prêmios que um longa-metragem poderia esperar depois de muitos anos: o coração de espectadores que voltam a revisita-lo com a devida nostalgia. Trata-se de uma produção que faz o espectador bater o pé pela magia das canções brilhantemente escolhidas, gargalhar pelas piadas afiadas do roteiro simpático e se eletrizar com a ação das perseguições de carro da época (o filme bateu recordes de automóveis destruídos numa mesma produção). “Os Irmãos Cara-de-Pau” é pura nostalgia, repleta de curiosidades de bastidores e brilhantemente afinada com alma do cinema oitentista que merece ser redescoberta como também revisitada.
É um filme extremamente divertido, com uma trilha sonora fantástica.
ResponderExcluirHoje um pouco esquecido, John Landis foi o cara que deu um novo gás a comédia maluca no final dos anos setenta. Este "Os Irmãos Cara de Pau" e divertidíssimo "O Clube dos Cafajestes" criaram um novo tipo de humor, que seguiu com Jim Abrahams e os irmãos Zucker e mais adiante com os irmãos Farrelly, estes já com um nível de exagero e escatologia maior ainda.
Landis também inovou ao colocar diversos diretores em pequenas participações em seus filmes.
Abraço
"O Clube dos Cafajestes" também é outro filme bem legal (assisti a esse em VHS a muitos anos atrás). Preciso um dia desses revê-lo.
Excluirabraço