segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Crítica: Hanna | Um Filme de Joe Wright (2011)


Em uma mudança radical de estilo, o diretor londrino responsável por dramas marcantes como "Orgulho e Preconceito" e "Desejo e Reparação", veio a lançar por meio de "Hanna"(Hanna, 2011), um thriller de suspense e ação essencialmente arrojado e distanciado do melodrama que o consagrou. Porém,  em sua aparência sumariamente estilosa, essa produção é alçada através de um enredo fantasioso e de trama confusa, que tem como consequência desencadear antipatia do espectador que se recusa a entender uma tragédia tão irregular quanto a descrita nesse longa. Na história acompanhamos Hanna (Saoirse Ronan), uma adolescente incomum de 14 anos, jovem inteligente, filha dedicada e uma habilidosa assassina. Criada apenas por seu pai (Eric Bana) um ex-agente da CIA, no isolamento de uma floresta Finlandesa, Hanna nunca viu outra pessoa que não fosse seu pai. Mesmo distante do mundo real foi treinada para ser uma assassina profissional e cumprir com uma única missão: matar Marissa Wiegler (Cate Blanchett), a responsável pelo assassinato de sua mãe. Nessa missão de vingança, Hanna descobre um mundo novo ao acompanhar uma família que tem como sua maior característica ser comum e normal.


Essa produção é uma obra de entretenimento que se faz necessária apenas pelo fato de existir, pois tecnicamente é bem realizada e diverte, já que qualquer pretensão de se fazer realmente importante não ocorre, perdendo a fluência da trama logo de início ao constatarmos o desenvolvimento da premissa estranha. Obviamente Joe Wright tenta trazer sua experiência narrativa  para a película, mas sem grande sucesso. Com um olhar mais atento sobre o elenco, se apresenta a seguinte constatação: Sobre o pai de Hanna, requer muita determinação por parte do personagem de Bana para a execução da tarefa de vingança, isto é certo, contudo familiarizar e treinar sua filha feito uma assassina profissional, soa sendo uma completa alienação. E se o papel de Bana não convence, em contrapartida o resultado final se beneficia do brilhantismo do elenco feminino que encabeça essa produção, tanto a jovem Saoirse Ronan quanto a experiente Cate Blanchett. Com uma trilha sonora extremamente variada, com a explosividade dos "The Chemical Brothers", aliada a passagens reflexivas em momentos cruciais, demonstra o quanto o trabalho de Wright é bem funcional. Se no fim "Hanna" não impressiona em sua totalidade, marcando o trabalho do diretor apenas como regular, a escolha de Saoirse Rona para protagonizar não poderia ter sido melhor.

Nota: 7,5/10


4 comentários:

  1. Não conhecia este filme, gostei da dica.

    Abraço

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    1. Fico surpreso Hugo, pois as vezes fico impressionado com os filmes de suas resenhas. Tem coisa que vejo em seu blog que nem imaginava existir. Muito bom.

      abraço

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  2. Fiquei curiosa para ver como Joe Wright e Saoirse Ronan se saíram com esse. Uma boa, dica, nem sabia da existência desse filme!

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  3. Espero que goste. A atriz Saoirse Ronan faz um papel forte sem perder seus contornos e nuances de ternura.

    abraço

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