quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Crítica: Missão Impossível 3 | Um Filme de J.J. Abrams (2006)


O agente especial Ethan Hunt (Tom Cruise) está distanciado das atividades de campo as quais se consagrou após várias missões de sucesso. O motivo: ele está noivo de Julia (Michelle Monaghan), uma enfermeira que desconhece sua verdadeira área de atuação profissional. Agora dividido entre a pitoresca vida familiar que anda construído com cuidado e as responsabilidades de treinar novos agentes na IMF, ele é informado da captura de um de seus ex-alunos e consequentemente requisitado para um urgente resgate. Mas essa missão de resgate revela uma gigantesca rede corrupção embrenhada na agência, ao mesmo tempo em que Ethan passa a ser alvo de uma vingança pessoal de Owen Davian (Philip Seymour Hoffman), um perigoso contrabandista de armas. “Missão Impossível 3” (Mission: Impossible III, 2006) é uma produção estadunidense de ação e espionagem escrita por Alex kurtzman, J.J. Abrams e Roberto Orci e dirigida por J.J. Abrams. Estrelada por Tom Cruise, Ving Rhames, Michelle Monaghan, Philip Seymour Hoffman e Laurence Fishburne, esse é o terceiro episódio da franquia Missão Impossível inspirada na série de televisão Impossible. A franquia protagonizada por Tom Cruise foi iniciada em 1996 e teve o seu segundo episódio lançado em 2000.

Dona de uma introdução cinematográfica de raro impacto, de uma construção de tensões elevadas dadas pela pouca clareza das circunstâncias e outras missões de risco elaborado  aparentemente impossíveis de serem realizadas, “Missão Impossível 3” tem uma pegada narrativa mais leve em se tratando da esperada ação, mas intensa no quesito de roteiro. O trabalho dos roteiristas é afiado ao configurar novas traições, conspirações letais e adicionar novos personagens a franquia de modo orgânico e competente. A direção de J.J. Abrams adequa bem a proposta do roteiro aos moldes da franquia e consegue um efeito de emoções elevadas nas poucas passagens de ação e muita tensão em volta das circunstâncias as quais o elenco é submetido. Por isso, tanto a direção de J.J. Abrams quanto o roteiro de Alex kurtzman e Roberto Orci em um trabalho conjunto com o diretor, se armam de boas sacadas para dar à atmosfera certa a trama. Os mistérios que rondam a natureza do tal pé-de-coelho (uma arma ou informação que Seymour cogita vender) é um exemplo das artimanhas do argumento. Apesar do pouco destaque no âmbito geral, tem uma funcionalidade intrigante. Sua menção dada por Simon Pegg tem ares sinistros bastante funcionais.

Missão Impossível 3” abandona uma narrativa potencialmente explosiva e investe na trama, em personagens novos e no talento dos nomes que habitam o elenco principal. Há uma agradável sutileza no desenvolvimento da trama que provavelmente é atribuída pela colaboração de J.J Abrams (responsável pelo meteórico sucesso e esperado declínio do seriado “Lost) que demonstrou ter se adaptado bem ao formato cinematográfico de seu trabalho. Embora o filme fique em débito com o espectador por não emplacar algumas cenas mais memoráveis como em episódios anteriores, o pouco que tem funciona aos propósitos da produção e prendem a atenção do espectador.

Nota:  7/10

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