Seguindo a linha narrativa do sucesso do primeiro filme lançado em 2009, que apresenta os confusos percalços dos protagonistas a partir da perspectiva deles mesmos, a comédia "Se Beber, Não Case! Parte II" (The Hangover Part II, 2012), é a reconstituição improvável, embora divertida de mais uma despedida de solteiro de causar amnésia aos envolvidos, e que ainda sob o efeito da ressaca e com as marcas da esbornia no corpo, tentam refazer suas andanças noturnas para preencher as lacunas presentes na memória sobre a fantástica farra ocorrida, a qual ninguém possui uma lembrança que faça algum sentido na íntegra.
Com a premissa semelhante ao primeiro filme, os protagonistas: Phil (Bradley Cooper), Stu (Ed Helms) e Alan (Zach Galifianakis) viajam as vésperas do casamento, agora de Stu, que vai casar em um grande resort na exótica Tailândia. Como era esperado, novamente são dopados e se embebedam ao extremo as vésperas da cerimônia do casamento. Como se a bebedeira não fosse o suficiente para colocá-los em maus lençóis, para piorar a situação, dessa vez os protagonistas perdem um quarto membro da trupe, que é o irmão mais novo da noiva de Stu, adorado e idolatrado pela família. Numa busca alucinante por Bangcoc fazem um retrospecto da noitada para encontrar o jovem desaparecido, ao qual não fazem ideia do seu paradeiro. Entre personagens extremamente bizarros, situações exageradas e muita loucura, saem pelas ruas da cidade para encontrar o irmão da noiva antes que a família descubra seu desaparecimento.
Tanto o elenco quanto toda produção repetem a empreitada do filme anterior sem mudar uma vírgula da narrativa adotada, que consagrou essa comédia com ares de inovação num mercado extremamente difícil de ganhar notoriedade. Se os personagens tiveram a sensação desagradável de deja vú ao se depararem com as consequências da farra, eles não imaginam a decepção do espectador quando ao final desse longa vislumbraram uma sequencia praticamente igual ao primeiro filme. Dentre as mudanças de locação, a aplicação de exageros extremistas, o filme não trouxe nada de novo a franquia.
O roteiro de Craig Mazin e Scot Armstrong inclusive brinca de forma irônica com a história, quando aplica situações em volta do desfecho do filme anterior logo de cara, insinuando que esse filme seria diferente. Não passou de insinuação. Todo resto tem um vinculo fortíssimo com a ideia que consagrou essa produção, deixando o sustento desse filme sobre as costas do elenco carismático e as situações as quais são expostos. Resgatam personagens do primeiro filme, ao mesmo tempo em que inserem outros menos interessantes para engordar a trama – Paul Giamantti tem um talento cômico fantástico mal aproveitado. O destaque ainda fica por conta de Alan, interpretado por Zach Galifianakis, o mais estranho e excêntrico membro da turma.
Por pouco, "Se Beber, Não Case! Parte II" podia ter conseguido atender as expectativas do espectador ansioso por uma surpresa como foi exibido no primeiro filme, mas infelizmente a direção de Todd Philips, apenas se concentrou em superar as esquisitices do primeiro como forma de dar seguimento à franquia, deixando evidente as motivações comerciais e pouco habilidosas dessa produção. No resta esperar pelo terceiro capítulo dessa empreitada para ver no que vai dar.
Nota: 7/10
Nota: 7/10
O primeiro filme achei espetacular, já a sequencia não foi ruim, porém já manjada. O problema é que pelo menos um terceiro filme da franquia teremos em breve, daí pergunto: não ficará cansativo demais? Bom, espero que seja divertido, pois adoro essa turma.
ResponderExcluirAbraços!
Com certeza fica cansativo. Até episodios de série televisivas tem feito mudanças radicais para não cair na mesmice e afujentar os fãs. É mais do que obrigatorio que produções cinematograficas evitem se repetir, se querem destacar-se nesse ramo tão competitivo que é o cinema. Imagine quando um amigo lhe pergunta: Como é aquele filme Se beber, não case! Parte II? Ah... é igual ao primeiro, só que desta vez é na Tailândia.
ResponderExcluirabraço