quarta-feira, 13 de março de 2019

Crítica: Polar | Um Filme de Jonas Akerlund (2019)


Duncan Vizla (Mads Mikkelsen) é um assassino profissional de reputação irretocável que está prestes a se aposentar. Decidido a se aposentar e largar a vida de matador de aluguel, Duncan também está prestes a receber uma enorme quantia em dinheiro pelos seus serviços prestados ao longo da vida com lealdade. Porém seu chefe, Blut (Matt Lucas), contrariando as recomendações dadas por outra leal subordinada, planeja assassinar o velho assassino antes que a data de vencimento do pagamento milionário ao qual Duncan tem direito vença. E nessa caçada, Camile (Vanessa Hughes) uma misteriosa jovem que cruza o caminho de Duncan passa a ser vítima do fogo cruzado. Polar” (Polar, 2019) é uma produção de ação e crime escrita por Jayson Rothwell e dirigida pelo sueco Jonas Akerlund. Inspirada na graphic novel de Victor Santos publicada pela Dark House Comics. Numa possível jogada comercial, a premissa que busca pegar carona na sensação do cinema do momento protagonizada por Keanu Reeves na franquia John Wick, falha monstruosamente nessa ideia. Sem beleza estética ou um roteiro merecedor de alguma atenção, Mads Mikkelsen (em sua pior performance da carreira) faz o que pode para manter a atenção do espectador nessa trama clichê, carregada de violência gratuita e com um caminhão de bizarrices que mais serve para chocar do que aproximar o público do produto.

Um pouco do que “Polar” oferece se deve a figura de Jonas Akerlund. Diretor de clipes de grandes estrelas da música, como Duran Duran, Beyonce, David Guetta, Madonna, Lady Gaga e por aí vai, também dirigiu para a Netflix a cinebiografia da famosa banda de Black Metal da Noruega, Mayhem (umas das bandas mais polemicas e bizarras da história desse gênero musical), no filme “Lords of Chaos”, de 2018. Tanto “Polar” quanto esse “Lords of Chaos” são filmes estilizados e providos de muita violência. O problema é que Jonas Akerlund não sabe dosar esses elementos e muito menos apresenta-los de modo competente. Tudo é arremessado na tela de forma extrema, parecendo ter como único propósito, chocar o espectador desavisado. As balas voam, o sangue jorra, a nudez é gratuita e os diálogos são podres. Sem falar da história em si que não consegue crescer de forma interessante e segue uma cartilha de situações que remetem a uma infinidade de outros filmes de conceito parecidos. Para quem acompanha a carreira de Mads Mikkelsen, é curioso ver o seu envolvimento nesse projeto, como o nome de Vanessa Hughes se esforçando ao máximo para deixar os tempos da série High Scholl Musical definitivamente para trás. Sendo assim, “Polar” é um daqueles filmes feito para poucos, que homenageia uma espécie de cinema B lá dos anos 80, porém malfeito.

Nota:  5/10

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