Em Nova York, Alfie (Jude Law) é um charmoso motorista de limusine solteirão que é um hábil conquistador de mulheres. Constantemente ocupado em suas aventuras amorosas, seu charme e carisma confere a ele o prazer de saltar de cama em cama com inúmeras mulheres diferentes. Mas essa fachada glorificada de vida começa apresentar rachaduras visíveis quando ele passa a se confrontar com uma série de dilemas morais sobre a vida que está levando e dúvidas quanto ao seu futuro. “Alfie O Sedutor” (Alfie, 2004) é uma comédia romântica e dramática estadunidense escrita, produzida e dirigida pelo cineasta americano Charles Shyer (o responsável por filmes como “O Pai da Noiva” I e II”, entre outros filmes conhecidos do grande público). Sendo um longa-metragem que é uma refilmagem de um filme de 1966 estrelado por Michael Caine, comparações são inevitáveis. Mas como me encontro na posição de leigo quanto ao material original, também me isento da obrigação e do direito de medir méritos de duas produções que tem quase quatro décadas de diferença de idade e consequentemente suas particularidades ligadas ao seu tempo. O que eu sei é que Charles Shyer entrega uma produção de atuações agradáveis, inteligentemente montado e bem produzido, e que, portanto resulta num filme simpático, com uma carga de humor elegante e uma ótima trilha sonora de grande representatividade no resultado, e que mesmo tendo algumas falhas consegue agradar com um bom nível de sucesso.
“Alfie O Sedutor” aproveita bem a presença de tela de seu protagonista, seja nos aspectos visuais de homem galanteador ou nos aspectos narrativos onde profere eloquentemente monólogos didáticos de sua ciência de sucesso entre as mulheres com grande arrojo. O astro é um ator que dispensa endossamento de seu talento e que não é a primeira vez que salva o desenvolvimento de um filme de poucas inovações. Mas se Jude Law se mostra um acerto de elenco, nomes como de Marisa Tomei e Susan Sarandon detêm papéis tão bons quanto do protagonista título, mas de qualidade que oscila entre boas atuações e situações previsíveis. A história é simplista, mas ao mesmo tempo carismática. Porém, Charles Shyer tem pretensões para sua obra são pouco claras ao espectador: o filme é capaz de fazer o espectador sorrir, dar risada e chorar com pequenos intervalos. Inicia-se de modo suave e descompromissado e vai ganhando contornos dramáticos trágicos ocasionados por uma cadeia de eventos infelizes que vão sendo bombardeados sobre o protagonista e consequentemente sobre o espectador. O que estabelece uma linha confusa de objetivos que pode desagradar alguns espectadores. Curiosamente essa produção foi um fiasco de bilheteria para época de seu lançamento e que faturou um pouco mais da metade de seu orçamento (custou 60 milhões e faturou 35 milhões de dólares). Mas “Alfie O Sedutor” não é um filme ruim; talvez apenas incompreendido por sua pretensão de querer abraçar mais do que era capaz e superar o status do original. Trata-se de um filme indicado para fãs de Jude Law, para pessoas que acreditam no amor e para mulheres que acreditam que há um bom moço prestes a se revelar sob as condições certas por trás de todo canalha fútil.
eu adoro os dois filmes, o original e esse. os dois são maravilhosos. achei que esse eu não ia gostar mas jude law é fantástico. beijos, pedrita
ResponderExcluirTambém gosto muito das interpretações de Jude Law. Um ótimo ator!
Excluirbjus
É um daqueles filmes que passou várias veze na tv a cabo, mas sempre deixei para assistir depois.
ResponderExcluirO original com Caine eu também não assisti.
Abraço
Comédias românticas não são o meu forte, mas de vez em quando confiro algumas (geralmente as que são estreladas por atores que aprecio). Gostei dessa, embora não busque assistir o gênero com muita frequência para não enjoar.
Excluirabraço