Crítica: Uma Noite de Crime | Um Filme de James DeMonaco (2013)
O ano é 2022. Os Estados Unidos da América passam por um excelente período, com baixíssimos índices de violência e desemprego. A violência particularmente chegou a ser erradicada. Justamente por isso, surgiu a noite do Expurgo, onde que durante o tempo de 12 horas em uma única noite do ano, tudo é permitido apenas para que se restabeleça o equilíbrio da natureza humana (naturalmente violenta). Nenhum crime ou ato de violência sofrerá punição e qualquer conceito de certo e errado deixa de existir. Diante desse panorama, acompanhamos James Sandin (Ethan Hawke) e sua família, que ao contrário dos adeptos do Expurgo, confinam-se em segurança no interior da casa. Ao concederem asilo a um fugitivo, acabam pondo em risco sua segurança e virando também alvo dos perseguidores. “Uma Noite de Crime” (The Purge, 2013) é um típico caso de filme que em premissa se apresenta muito mais interessante do que sua realização. Em seu desenvolvimento, ao misturar ficção científica, suspense e horror, o cineasta James DeMonaco cria uma história futurística e com um enredo distópico inegavelmente curioso e original, mas que perde sua força devido a um desenvolvimento falho em vários aspectos.
“Uma Noite de Crime” era uma promessa de sucesso Cult que não se cumpriu devidamente. Desenvolvido e realizado com um baixo orçamento a toque de caixa, a trama mexe pretensiosamente com questões socioeconômicas que por si só, em teoria se faziam valer (a necessidade lógica do À Noite do Expurgo é um ultraje inimaginável nos dias de hoje). Além do fato, de que todas as barbáries que ocorrem nas ruas são televisionadas feito um reality show com alta definição. Mas não há produção que se alce ao sucesso apenas com base na premissa, sendo imprescindível um desenvolvimento a altura. E é nisso que James DeMonaco peca: com personagens de pouco a nada desenvolvidos, diálogos pobres e um terceiro ato que não cativa nem de longe. Apesar de alguns bons momentos gerados pela câmera em cenas visualmente interessantes (a invasão da casa é um bom exemplo), a condução de DeMonaco não consegue gerar a tensão atmosférica de um bom suspense de horror como evidentemente planejava. Muito ao contrario, já que em certos momentos ele consegue na verdade desencadear do espectador risos, tamanha a falta de fluência em sua proposta, e muito devido ao previsível rumo das situações construídas pelo roteiro. “Uma Noite de Crime” poderia ser muito melhor do que foi se tivesse mantido a qualidade do primeiro ato. Com uma sequência agendada para o futuro (provavelmente também será de responsabilidade de James DeMonaco), o cineasta aqui desperdiça seu maior trunfo: a premissa.
atualmente já temos a noite do Expurgo, no Brasil. Acontece todos os dias, até quando não é noite. Os bandidos pintam e bordam e não sofrem sanção alguma.
Não conhecia esse filme nem mesmo de mera indicação. Parece interessante, ao menos, por mostra um futuro distópico - o que sempre nos chama a atenção.
Marcelo,
ResponderExcluiratualmente já temos a noite do Expurgo, no Brasil. Acontece todos os dias, até quando não é noite. Os bandidos pintam e bordam e não sofrem sanção alguma.
Não conhecia esse filme nem mesmo de mera indicação. Parece interessante, ao menos, por mostra um futuro distópico - o que sempre nos chama a atenção.
Abraços!!!
kkkkk essa foi boa!
Excluirabraço meu querido