Marty (Colin Farrel) é um roteirista passando por uma crise criativa. De seu novo projeto que tem passado por duras penas, apenas conseguiu escrever o tão famigerado título. Sabe exatamente que envolverá psicopatas e vai se chamar "Sete Psicopatas", mas ao mesmo tempo, desconhece o rumo de toda trama envolvendo esses personagens. Tecnicamente seu roteiro não existe, a não ser na cabeça de Marty, ainda que de modo nebuloso. E para auxiliá-lo na tarefa de escrever esse confuso roteiro, entra em cena seu melhor amigo, Billy (Sam Rockwell) um ator fracassado e que sequestra cachorros em parceria com Hans (Christopher Walken) como forma de sustento. Por meio de um anúncio de jornal colocado por Billy convocando todos os psicopatas dispostos a contar sua história, pensa em levar a Marty a inspiração que lhe falta para escrever sua história. Porém, como de costume a ideias brilhantes de Billy os colocam diante do mais temível dos psicopatas, o gangster Charlie (Woody Harrelson) que teve seu cãozinho Shih Tzu sequestrado. Assim numa caça aos responsáveis pelo desaparecimento do cão, Charlie sem querer leva toda a inspiração possível para compor esse inusitado roteiro. "Sete Psicopatas e um Shih Tzu" (Seven Psycophaths, 2012) é uma comédia de humor negro tão estranha quanto a própria palavra ficção. E o mais interessante de tudo, é perceber que todos os envolvidos nessa produção - inclusive e possivelmente o Shih Tzu também - evidentemente saibam disso. Basta vermos a infinidade de personagens estranhos em situações bizarras que permeiam toda obra. Isso sem contar os diálogos e a narrativa adotada pela produção em contar a trama em volta de um filme através do mesmo, quase que de forma simultânea. Qualquer suspense em relação aos rumos dessa trama são desintegrados de ante-mão pelos próprios personagens por meio de devaneios sem direção.
E sem direção é o gênero no qual esse longa-metragem se encontra - ação, comédia e com sérios flertes com a dramaturgia expressos em subtramas, além de passagens de violência que beiram o horror. Começa violento, como o próprio protagonista anuncia está questão como necessária, mas vai ganhando contornos diferentes aos poucos, sem um proposito bem definido visualmente. A relevância disso reside numa mensagem não muito bem expressa no conjunto. O destaque mesmo fica por parte do elenco, verdadeiros especialistas em interpretar personagens excêntricos na telona sem encontrar nisso um grande desafio. Colin Farrell fez uma demonstração disso ao interpretar o filho alienado do chefe que herda a empresa após infarto fulminante do pai em "Quero Marar Meu Chefe" (2011), como o ator Sam Rockwell, ao interpretar o papel de ninfomaníaco detentor de problemas sérios de caráter no filme "No Sufoco" (2009). Christopher Walken e Woody Harrelson nem se fala, de tantos que foram os personagens estranhos e cômicos materializados por eles. O problema é que um bom filme se faz de um conjunto de elementos que devem andar em sintonia, ou ao menos na mesma direção. Essa produção atira para todos os lados, sem ter um tiro certeiro em nenhum elemento excepcional. Funciona até certo ponto, apenas na medida para prolongar a duração da trama, mas ainda de forma mediana onde mais choca do que enriquece a narrativa.
Qualquer sinônimo de agrado que o espectador possa ter sobre essa fita, é meramente fruto da consciência da falta de ambição de seus realizadores. Diverte pela naturalidade que une comédia, horror e ação alternadamente, mesmo que em se tratando de uma comédia, isso não ofereça nenhum desafio para a direção de Martin McDonagh. O elenco já ganha o público até mesmo com uma direção conduzida no piloto-automático. Imagine sob uma condução que demonstre o mínimo de competência. "Sete Psicopatas e um Shih Tzu" é bom programa que não vai mudar a vida de ninguém, muito menos, a do cachorrinho. Provavelmente nenhum grande estúdio irá chamá-lo para protagonizar um grande blockbuster.
Nota: 6,5/10
Qualquer sinônimo de agrado que o espectador possa ter sobre essa fita, é meramente fruto da consciência da falta de ambição de seus realizadores. Diverte pela naturalidade que une comédia, horror e ação alternadamente, mesmo que em se tratando de uma comédia, isso não ofereça nenhum desafio para a direção de Martin McDonagh. O elenco já ganha o público até mesmo com uma direção conduzida no piloto-automático. Imagine sob uma condução que demonstre o mínimo de competência. "Sete Psicopatas e um Shih Tzu" é bom programa que não vai mudar a vida de ninguém, muito menos, a do cachorrinho. Provavelmente nenhum grande estúdio irá chamá-lo para protagonizar um grande blockbuster.
Nota: 6,5/10
Um elenco desse.......o filme tem que ser estranho........e obrigatório. kkk.
ResponderExcluirabs
Obrigado por sua visita e participação Renato! Seja bem-vindo ao cinema, cultura e vertigem ....... que também deveria ser obrigatório! rsrsrsssss
Excluirabraço
ps: não podia perder a chance de fazer uma piada!