quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Crítica: X-Men – Primeira Classe | Um Filme de Matthew Vaughn (2011)


Algo necessário para esclarecer detalhes que foram atropelados nos filmes anteriores da franquia foram abordados detalhadamente nesse longa chamado “X-Men – Primeira Classe” (First Class, 2011), de forma inteligente e divertida. A ênfase dada aos pontos já explorados nos filmes anteriores, além da exploração de outros inéditos, faz desse filme uma produção importante dentro do universo da Marvel dentro das salas de cinema. A meta de traçar um perfil mais profundo dos personagens, caracterizando não somente suas habilidades extraordinárias, mas suas motivações que determinaram qual lado tomar na guerra mutante (do bem ou do mal) deixam acentuações pendentes por acabadas. Como as circunstâncias extremas sofridas pelos personagens moldaram suas definições de justiça e moralidade. A trama tem seu inicio na preocupação de apresentar a conduta de Charles Xavier ainda jovem e saudável (Professor Xavier, interpretado por James McAvoy) e o jovem Erik Lensherr (Magneto, interpretado por Michael Fassbender). O espectador é levado à remota infância de ambos os personagens, acompanhando de forma gradativa o processo de mudança e transformação que levaram eles a serem os “Mutantes” que são apresentados no filme X-Men (2000) dirigido por Brian Singer. Através da combinação de personagens carregados de questionamentos, porém armados através do roteiro e da narrativa adotada, com respostas e esclarecimentos fundamentais para os menos familiarizados com o universo dos personagens da Marvel, faz desse filme um elemento fundamental para prolongação dessa franquia.

O filme se passa algumas décadas antes do primeiro filme de Brian Singer, onde podemos acompanhar a dupla buscando por mutantes desconhecidos, e que aos poucos se apresentam ao espectador através de suas habilidades especiais nos fazendo inclusive em alguns casos reconhecê-los facilmente. O longa-metragem demonstra de maneira suave e eficiente o processo de descoberta e o treinamento dos mesmos, e suas emoções devido a essas peculiaridades. É divertidíssimo acompanhar as imaturidades de adolescentes com superpoderes. Mas é trágico ver que mesmo com esse lado cool do fator mutante, não sobressai o desejo da normalidade tão aspirado por qualquer jovem que se vê desajustado diante da sociedade.

Mas o roteiro, e nem a direção de Matthew Vaughn, perdem em momento algum o verdadeiro foco da trama, que por sua vez está na dupla, Charles e Erik, que criam de maneira comovente, uma espécie de vínculo de amizade verdadeira muito bem transposto para tela. Tanto Fassbender quanto McAvoy estão entregues as seus personagens. Apesar de que todo elenco que integra esse filme: Kevin Bacon, Jennifer Lawrence e Rose Byrne, além de uma aparição relâmpago de Hugh Jackman no papel de Wolverine; estão ótimos em suas interpretações. As cenas de ação dominam grande parte do filme X-Men - Primeira Classe, como também os efeitos visuais, tão necessários para uma transposição eficiente. Sequências como quando os Mutantes tomam a iniciativa de impedir uma guerra entre os EUA e a União Soviética, pode-se afirmar que são usados todos os poderes possíveis para se evitar que isso aconteça. Por fim “X-Men – Primeira Classe”, mais do que uma sequência legal, de um legado importante da Marvel também se trata de um filme igualmente necessário de existir, para sanar alguns equívocos passados dessa franquia e alcançar também um tipo especial de espectador, não tão conhecedor desse universo que está ultimamente no auge de sua popularidade.

Nota: 7/10

2 comentários:

  1. Não sou fã de quadrinhos, mas gostei muito do filme.

    Considero o melhor da série junto com "X-Men 2".

    Abraço

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    1. Particularmente prefiro o primeiro, mas também gosto do segundo por causa do personagem "Noturno", o qual fui sempre fã nos quadrinhos.

      abraço

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