segunda-feira, 7 de agosto de 2017

Crítica: Velozes e Furiosos 8 | Um Filme de F. Gary Gray (2017)


Depois que Bryan e Mia se aposentaram, Dominic Toretto (Vin Diesel) e Letty (Michelle Rodriguez) juntos novamente, os dois estão em Havana curtindo uma tranquila lua de mel ao estilo Toretto. Mas toda essa tranquilidade se acaba quando, uma perigosa terrorista cibernética chamada Cipher (Charlize Theron) entra em cena e arma um plano para chantagear Dominic. Obrigado a trair sua equipe e roubar uma perigosa arma que é a primeira peça de um complexo e letal quebra-cabeça, velhos amigos e antigos inimigos do passado trabalharão juntos para provar a inocência de Dominic e impedir que Cipher tenha sucesso em seu plano. “Velozes e Furiosos 8” (The Fate of the Fast 8, 2017) é uma produção de ação e aventura estadunidense escrita por Chris Morgan e dirigida por F. Gary Gray. Sendo o oitavo filme da franquia Velozes e Furiosos (o primeiro filme a ser filmado após a morte de Paul Walker em 2013), esse mais recente episódio entrega todos os elementos que alçaram essa franquia ao sucesso. Na verdade, sua maior pretensão ainda é além de cativar novos fãs, também tem como prioridade prender a atenção dos mesmos espectadores que tem acompanhado as movimentadas aventuras motorizadas.

Velozes e Furiosos 8” continua a investir solenemente nas mesmas ideias que o consagraram ao sucesso durante todos os anos. Rápido, explosivo e performático, essa produção segue a franquiada fórmula do sucesso que ela própria criou em 2001, pois continua a reutilizar velhas parcerias de Dominic, como Tej Parker (Ludacris), Roman (Tyrese Gibson) e Letty (Michelle Rodriguez); reaproveita parcerias transitórias como de Hobbs (Dwayne Johnson) e Frank Petty (Kurt Russel); inverte o posicionamento de personagens como o de Deckard Shaw (Jason Statham) e seu irmão e cria uma nova ameaça na figura da femme fatale, Cipher (Charlize Theron). Entre velhos e novos personagens, nada se perde em termos de elenco, pois tudo continua seguindo uma espécie de rotatividade aonde uns se vão e outros retornam para preencher papéis e funções dentro da trama. Cada vez mais grandioso em proporções físicas, ambicioso na geração de cenas, explosivo nas sequências de ação, determinado a fazer humor sempre quando possível, o filme segue uma crescente adição de efeitos visuais digitalizados para conseguir materializar audaciosas cenas de ação idealizadas em seu enredo. Exagerado ao extremo, qualquer traço de finesse é quase imperceptível diante de uma infinidade de explosões, tiroteios e perseguições automotivas de grande arrojo visual, e que muitas vezes, desafiam as leis da física.

A competência da história é razoável, dinâmica, conectada com ideais atuais e bem focadas na continuidade (há uma previsão de mais 2 filmes para serem produzidos nos próximos anos antes do encerramento definitivo). Entre diálogos infames e frases de efeito, o texto preserva aquela atmosfera ágil e bem bolada que todo fã espera dessa produção, onde uma imagem vale mais do que mil palavras. A presença de F. Gary Gray na direção é um acerto inquestionável, pois sua experiência e criatividade atrás das câmeras proporcionam ao filme cenas visualmente brilhantes e bem orquestradas. Um déficit desagradável desse episódio se encontra em sua trilha sonora, que ao contrário do passado, não consegue mais emplacar alguns hits grudentos pelas mãos de Brian Tyler. Assim sendo, “Velozes e Furiosos 8” é como quase todos os filmes da franquia: uma garantida dose de ação interrupta, diversão descomprometida com a substância e um inegável desfile de naves terrestres denominadas como “carros”.  Tudo de bom!

Nota:  7/10


2 comentários:

  1. Este eu ainda não conferi. A série tem altos e baixos, mas não deixa de ser divertida.

    Abraço

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    1. Verdade, há alguns filmes que puxam a franquia para baixo, mas no geral ela entrega quase sempre o que os espectadores esperam dela. Apenas diversão exagerada.

      abraço

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