quarta-feira, 16 de janeiro de 2019

Crítica: Logan Lucky: Roubo em Família | Um Filme de Steven Soderbergh (2017)


Jimmy Logan (Channing Tatum) convida seu irmão Clyde (Adam Driver) para um elaborado roubo após ser demitido do trabalho por uma bobagem. Há sobre a cabeça dos Logan o mito de uma suposta maldição que prega que eles são azarados. Jimmy planeja provar o contrário. O plano é roubar os lucros de uma corrida de automóveis da Nascar, durante uma das mais movimentadas provas dos Estados Unidos. Para isso, os dois precisam da ajuda de Joe Bang (Daniel Craig), um especialista em explosivos que no momento está preso. De tal maneira, os irmãos Logan precisam elaborar um complexo plano que permita que Joe deixe a prisão sem ser notado, invada o subsolo do autódromo e roube a corrida sem que levante pistas incriminadoras sobre a quadrilha de ladrões. “Logan Lucky: Roubo em Família” (Logan Lucky, 2017) é uma produção estadunidense de crime e comédia escrita por Rebecca Blunt e dirigida por Steven Soderbergh. Presente no vasto universo de filmes de roubo bastante conhecido por seu realizador, Steven Soderbergh cria uma obra que obviamente remete a lembrança de sua maior franquia de sucesso que foi encabeçada por Danny Ocean em “Onze Homens e Um Segredo”, mas subverte sua forma, atmosfera e recheia o enredo com uma infinidade de personagens tão espirituosos quanto possíveis.


A coisa mais brilhante em “Logan Lucky: Roubo em Família” não é o roteiro astuto, a montagem elaborada, a trama inteligente que requer um cronômetro preciso ou o elenco de estrelas que está presente no conjunto da obra. Mas sim, nos personagens. Os irmãos Lucky são um espetáculo, cheio maneirismos e grandes passagens. A atriz Riley Keough que interpreta o papel de irmã de Jimmy e Clyde fascina por sua caracterização natural, mas o grande destaque fica por conta de Daniel Craig que passa longe da elegância de seu marcado James Bond e arrebenta como cientista maluco que arromba cofres. Mas tudo isso somente é possibilitado pelo roteiro de Rebecca Blunt, que não somente funciona redondo pela combinação óbvia com a direção Steven Soderbergh (o filme tem até uma autoreferência a “Onze Homens e Um Segredo), mas como a fórmula de sucesso que foi entalhada por seu realizador para o gênero ainda agrada independente do quanto possa estar desgastada para uma grande parte do público. As atuações são boas, os diálogos são ágeis, o humor é elegante e funcional como poucos filmes. Por isso, “Logan Lucky: Roubo em Família” é cinema de entretenimento de ótima qualidade, tão grande quanto o último episódio da cruzada de Danny Ocean. O curioso é que esse “Logan Lucky: Roubo em Família” tem cara de trilogia também. Será?

Nota:  8/10

Nenhum comentário:

Postar um comentário