domingo, 20 de setembro de 2015

Crítica: O Franco Atirador | Um Filme de Pierre Morel (2015)


Jim Terrier (Sean Penn) é um frio mercenário que atua como um agente de segurança para uma ONG no território do Congo. Envolvido em um ligeiro romance com uma médica humanitária, Annie (Jasmine Trinca) enquanto trabalha numa dupla atuação na região, esse relacionamento acaba assim que Jim assassina um membro do Governo e foge do país, virando suas costas para a sua história no país. Cerca de oito anos depois, quando ao voltar ao Congo ele é confrontado com uma tentativa de assassinato o fazendo se dirigir a Europa,  Jim busca encontrar seus antigos aliados de guerra, Cox (Mark Rylance) e Felix (Javier Bardem) que embrenhados em conflitos mais arrojados e diferentes do que os do passado, todos percebem que voltar aos caminhos da guerra não são tão fáceis quanto esperam, como Jim, ao reencontrar sua paixão abandonada no Congo, também tem um grande desafio a ser executado. “O Franco Atirador” (The Gunman, 2015) é um produção de ação baseado no romance La Position du Tireur Couché, de Jean-Patrick Manchette. Com o roteiro escrito por Don Macpherson, Pete Travis e Sean Penn, o filme tem a direção do francês Pierre Morel (um frequente colaborador do produtor e cineasta francês Luc Besson). Pierre Morel, um especialista em filmes de ação estilizados, é o responsável pela ignição da franquia de sucesso crítico e comercial chamada “Busca Implacável”, em 2008. O diretor tem um objetivo claro com esse novo produto: reutilizar as consagradas fórmulas de seu grande sucesso e iniciar uma nova franquia nos mesmos moldes. Mas o tiro saiu pela culatra.


Se “Busca Implacável” apresentava uma tendência de ritmo ágil e, sobretudo, incessante, “O Franco Atirador” é mais burocrático. Sua estrutura tem um desenvolvimento de personagens mais rigoroso, com um foco no peso dramático do grande elenco intercalado com boas cenas de ação (três sequências de peso na verdade). Embora a experiência cinematográfica seja válida de certo modo, ainda assim perde seu brilho. Mas esse foco voltado para a história, acima de tudo sobre os personagens se perde um pouco pela imprecisão do roteiro, que não consegue destilar de forma enxuta sua inspiração literária e se perde com o excesso de tramas indigestas que não se adaptam bem com o formato de cinema e as competências de seu realizador. Porém, Sean Pen que é um ator de grande talento e que exibe isso em tela nessa produção também, prova estar apto a desempenhar papéis de desempenho físico extremos. E ao lado seu nome, temos outros talentosos atores como Javier Bardem, Ray Winstone, Mark Rylance, Jasmine Trinca, Peter Franzen e Idris Elba em performances funcionais, mas sem grandes destaques que façam valer suas comprovadas experiências. Suas performances são sufocadas pelas falhas do roteiro e a ausência de uma maior atenção no foco da ação. O desejo do espectador de conferir um thriller de ação revitalizado com novos rostos e um experiente realizador, não é atendido à altura da expectativa. Por fim, “O Franco Atirador” é um filme de resultado mediano, tecnicamente bem realizado e mantido pelo rico elenco, mas que tenta abraçar um mundo maior que é capaz.

Nota:  6/10

2 comentários:

  1. É bom, mas não é o meu favorito. Eu me senti um pouco estranho o tema deste filme e eu encorajo-vos a vê-lo, porque eu vi um filme na HBO tema semelhante, seu nome é “American Sniper”, altamente recomendado. Voltando a esta história crer na verdade para pendurar obras muito bem momentos especialmente severamente tensas de ação.

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    1. Com certeza: "American Sniper" é inegavelmente superior.

      Bjus

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