quarta-feira, 10 de julho de 2013

Crítica: Ataque ao Prédio | Um Filme de Joe Cornish (2011)


Um gangue de adolescentes do subúrbio de Londres capturam e matam uma espécie alienígena em uma de suas andanças noturnas. Com intuito de ganhar alguma coisa com a descoberta, levam os restos mortais do alienígena para chefão do crime do bairro. Mas o que eles não imaginavam, era que eles haviam capturado apenas o primeiro de uma agressiva invasão. Fugindo pelas ruas de um bairro pobre da cidade, a gangue se refugia nas dependências do prédio onde moram, ao qual irão defender com todas as forças. Curiosamente essas criaturas estão passando totalmente desapercebidas pelos cidadãos, mas estranhamente estão obstinadas em persegui-los, os encurralando no prédio, que passa a virar um grande campo de guerra. "Ataque ao Prédio" (Attack the Block, 2011) remete a produções dos anos 80 que misturavam terror, humor e aventura com eficiência e carisma. Oriundo da Inglaterra, essa produção está segura de sua proposta (descompromissada), evidenciada na direção de Joe Cornish, e principalmente no baixo orçamento típico de filmes B aos quais tem como referência. Enquanto seu concorrente estadunidense (Super 8, 2011) ostentava uma campanha milionária e renomados nomes na produção, "Ataque ao Prédio" surpreende pelo resultado bacana, apesar da pouca estrutura disponibilizada e a aplicação escancarada de inúmeros clichês.



Com um elenco relativamente desconhecido, não há um claro favoritismo de sobreviventes explícito na história, deixando todos os personagens até um segundo ato, ser uma vítima em potencial do confronto homem vs alien. Confronto esse que rende boas risadas e muita ação, já que os jovens delinquentes não se rendem fácil a ostensiva caçada dos alienígenas (os extraterrestres visualmente mais criativos do cinema em anos) criados com efeitos especiais competentes que atendem a necessidade da produção. No meio da correria, surge discussões convenientes sobre desigualdade social, dificuldades econômicas e companheirismo, numa trama erguida de forma maniqueísta, embora estrategicamente funcional. "Ataque ao Prédio" nasceu para ser Cult. Diferentemente de grandes produções de ficção científica que tem tomado as salas de cinema em 2013, essa produção funciona melhor na telinha, ou pelo menos não perde suas mais enfáticas virtudes: uma história simples contada de modo linear, efeitos bacanas sem exageros visuais e um desfecho suportadamente previsível (mas feliz) como tem que ser, se quiser fazer uma boa homenagem as produções que possui como referência. Enfim, uma fita para ser conferida por fãs do gênero ou espectadores cansados de mega-produções.

Nota: 7/10  

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