quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Crítica: Os Agentes do Destino | Um Filme de George Nolfi (2011)


O gênio indomável de Matt Damon deixa claro que seu futuro é ele que faz

Baseado em um dos contos do guru da ficção cientifica Philip K. Dick, que já teve vários de seus trabalhos transpostos para telona, como: "Blade Runner", "O Homem Duplo", "Minority Report", entre outros, é levado outra vez ao cinema através desse longa instigante, chamado "Os Agentes do Destino(The Adjustment Bureau, 2011), que apresenta uma expressiva lição sobre destino e livre arbítrio.

A história trata de um grupo misterioso de homens, munidos de poderes e artifícios capazes de influenciar e alterar o destino da humanidade de acordo com a necessidade voltada a um bem maior. Sob o olhar atento desses homens, o ambicioso político David Norris (Matt Damon), um candidato a Senador dos Estados Unidos é observado zelosamente por eles. Prestes a fazer um discurso para uma multidão de eleitores, ele acaba antes conhecendo uma dançarina de balé chamada Elise Sellas (Emily Blunt), onde ocorre uma química entre os personagens e uma inusitada paixão após um simples beijo. Essa mudança inesperada de acontecimentos, desperta um alerta entre os vigilantes, que não previam tal acontecimento, mobilizam-se com todas as forças para impedir a continuidade e o sucesso dessa paixão.

A trama apesar de flertar com a ficção cientifica, transpira romance. Começa ingênuo e despretensioso e atinge patamares de desespero por trás dessa história de contorno fantástico. A natureza desses homens que intermedeiam as decisões de alguém (ou algo) funcionam como um rico pano de fundo para um amor proibido. O elenco encabeçado por Damon e Emily, que cumprem o papel do par romântico de forma simples e natural. Damon usa bem seu carisma a favor de seu personagem, de forma magistral, enquanto Emily atende a promessa de ser uma das atrizes mais talentosas da nova geração. Terence Stamp compõe um vilão, por ofício, perfeito dentro do contexto sugerido pelo roteiro. Ele funciona como a espada ou o escudo na mão de uma força maior, que depois de muito tempo, acaba se tornando autônomo e consequentemente irrepreensível. Sem violência explicita, e apenas com palavras demonstra ser intimidador. Talvez o personagem mais envolvente dessa história.

A história é bem conduzida pelo diretor e roteirista George Nolfi, que estreia aqui depois de ter roteirizado vários suspenses bem sucedidos, como "O Ultimato Bourne", "Sentinela" e "Doze Homens e outro Segredo". As passagens presentes são bem executadas, alternando os momentos românticos que requerem cuidado com precisão, entre o suspense e a ação presente, aproveita bem o orçamento de 50 milhões disponibilizados pela Universal Pictures. O filme "Os Agentes do Destino" apresenta um romance provido de paixão, bem convincente, mesmo alternado com muitas correrias e perseguição – as perseguições mais estranhas e visualmente interessantes que se poderia imaginar. Com personagens entregues a emoção, e a seus papéis principalmente, mostram uma história de vitória do amor sobre a importância do destino, enfatizando que o futuro é construído todos os dias. 

Nota: 7,5/10


2 comentários:

  1. É um interessante filme que tem como ponto principal o livre arbítrio, além de ter toda a cara das histórias de Philip K. Dick.

    As cenas da perseguição pelas portas de Manhattan é ótima.

    Abraço

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    1. A perseguição através das portas é emocionante sim!

      abraço

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