quinta-feira, 28 de março de 2019

Crítica: Aquaman | Um Filme de James Wan (2018)


O Metahumano e herdeiro direto do reino submarino de Atlântida, Arthur Cury (Jason Momoa) é confrontado com seu destino quando o seu meio-irmão, Orm (Patrick Wilson) planeja assumir o trono de Atlântida e declarar uma guerra contra o povo da superfície. A única forma de Arthur Cury impedir que Orm obtenha sucesso em seu plano é encontrando o tridente perdido do rei Atlan. Aliando-se a destinada noiva de seu irmão, Mera (Amber Heard) e a um leal conselheiro de Atlântida, Vulko (Willem Dafoe), Arthur inicia uma jornada para salvar o mundo tornando-se o Aquaman. “Aquaman” (Aquaman, 2018) é uma produção estadunidense do gênero de super-heróis baseada no personagem homônimo da DC Comics. Com roteiro de Will Beall e David Leslie Johnson a partir de uma história criada por James Wan e Geoff Johns, o filme também tem a direção de James Wan; sendo o sexto filme do Universo Estendido DC. Estrelado por Jason Momoa, Amber Heard, Willem Dafoe, Patrick Wilson, Yahya Abdul-Mateen II, Randall Park, Temuera Morrison, Ludi Lin, Nicole Kidman e Dolph Lundgren, essa produção bate recordes de bilheteria dentro da DC e ganha uma quantia considerável de elogios por parte da crítica especializada.

Em algum lugar de Hollywood, a DC conseguiu reunir dentro de uma sala de reunião uma equipe disposta a dar o seu melhor e fazer de “Aquaman” um sucesso. Embora “Mulher-Maravilha” tenha até se aproximado disso (ao faturar nas bilheterias e ser elogiada pela crítica), as demais produções da DC dividiam o público e em sua maioria eram detonadas pela crítica especializada. Mas isso são águas passadas e o estúdio consegue um notável sucesso através de “Aquaman”, onde as eventuais criticas em relação a qualidade do argumento que demonstra algumas passagens irregulares e a longa extensão de sua duração são problemas quase que irrelevantes diante de uma infinidade de acertos presentes em seu conjunto. Sendo que em algum lugar de Jason Momoa escondia-se um potencial de atuação que não se viu anteriormente em “Liga da Justiça”. Mesmo sem um roteiro devidamente alinhado, o ator consegue dar o devido acerto ao personagem e mostrar ao público que sua figura não era apenas uma aparência estética arrojada para o personagem dos quadrinhos. Seu desempenho é dotado de carisma, força nos momentos dramáticos e como já havia mostrado antes, uma forte inclinação ao cômico que naturalmente cai bem com a proposta dessa produção. Até o momento a DC não havia tido um filme com uma pegada comercial tão bem acertada quanto a que é presente em “Aquaman”. Sem falar dos demais nomes que compõem o elenco (alguns impensáveis como o de Dolph Lundgren em uma superprodução a essa altura da carreira), todos estão bastante funcionais.

Em algum lugar da DC, alguém se inspirou em buscar os melhores especialistas em efeitos visuais que se podia ter. As cenas de conflito submarino estão de encher os olhos, tamanho o  refinamento dado às soluções criativas. O diretor James Wan conferiu uma movimentação as cenas de ação dignas dos filmes de Hong Kong, onde a luta apresentada em seu clímax talvez seja a mais emblemática. O humor é outro ponto bem acertado do enredo que flui com naturalidade. É surpreendente ver que “Aquaman” nadou contra a maré de azar que cercava a DC e apresentou um produto bastante acertado e com uma identidade própria, tanto visual quanto narrativa conseguindo extrair muito de pouco material.

Nota:  9/10

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