sexta-feira, 3 de agosto de 2018

Resenha: Rango | Uma Animação de Gore Verbinski (2011)


Rango (com a voz de Johnny Depp) é um desengonçado camaleão que vive uma vida normal como um animal de estimação.  Sem amigos e com uma séria crise de identidade, o pequeno lagarto passa todo o seu tempo disponível exercitando seus talentos artísticos. Mas quando em uma viagem a sua família humana atravessa um árido deserto, e num incidente o seu aquário cai do carro e se despedaça no asfalto, essa fatalidade passa a ser o primeiro passo para Rango descubra sua verdadeira identidade. Partindo em rumo a cidade de Poeira, um lugarejo habitado por animais em necessidade desesperada por água, de um xerife e de um herói, Rango assume o papel de ambos para solucionar a escassez de água que aflige os cidadãos de Poeira. “Rango” (Rango, 2011) é uma animação estadunidense escrita por Gore Verbinski, John Logan e James Byrkit. Dirigida por Gore Verbiski, essa animação é uma divertida mistura de aventura, comédia e faroeste que ganhou muitos elogios da crítica especializada e vários prêmios de cinema, inclusive um Oscar como Melhor Filme de Animação em 2012. Essa animação foi totalmente criada pela Industrial Light & Magic (ILM), que marca o seu primeiro longa-metragem de animação, embora a empresa tenha uma bem sucedida participação na criação de efeitos visuais em filmes live-action.

Rango” foi um exercício para as competências de Gore Verbinski que se saiu melhor que a encomenda, já que essa animação se mostra no final das contas uma aventura bem embalada, divertida e repleta de referências cinematográficas a filmes de faroeste (principalmente os western spaghettis italianos), entre outros gêneros, que se saiu muito melhor que seu trabalho posterior, o faroeste “O Cavaleiro Solitário”, de 2013. Entre vários atrativos que “Rango” apresenta, o filme se destaca por seus atrativos visuais que imprimem toda a excelência que a ILM pode agregar a seus trabalhos. Visualmente impecável, com várias cenas que beiram a perfeição tamanha o realismo das paisagens que acomodam o enredo, o filme além de ser bonito ainda possui várias soluções criativas que demonstram toda a inspiração de seus criadores. Os personagens são legais, bem feitos e a trama que move as ações do personagem são bem arquitetadas. Porém se trata um filme criado para agradar todos os públicos, onde demonstra uma ligeira escorregada. Se por um lado ele é capaz de agradar a um público mais adulto pelo conteúdo bem verbalizado e pelas referências cinematográficas perceptíveis ao longo de toda a sua duração, um grande número de piadas presentes em seu enredo provavelmente vai passar completamente batido pelo espectador mais baixinho.

Sobretudo, a jornada de auto-descoberta do personagem principal fazem de “Rango” um ótimo programa de diversão que ainda assim garante boas risadas, um espetáculo visual de encher os olhos (o cenário de velho-oeste é impressionante e o design dos personagens não deixam a desejar) ainda há para os espectadores mais exigentes por emoções fortes umas boas sequências de ação e aventura impulsionadas por uma trilha sonora que também se destaca.

Nota:  8/10

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