domingo, 13 de janeiro de 2019

Crítica: Bumblebee | Um Filme de Travis Knight (2018)


Em 1987, Bumblebee é um Autobot que anos atrás escapa de uma guerra entre os Decepticons em seu planeta natal, Cybertron e busca refúgio na Terra a fim de proteger o planeta enquanto espera a chegada de outros Autobots que sobreviveram à batalha. Mas quando Charlie Watson (Hailee Steinfeld), uma garota a beira dos 18 anos encontra um velho Fusca amarelo abandonado em um ferro-velho e decide consertá-lo, Bumblebee se desfaz de seu disfarce e passa a desenvolver uma grande amizade pela garota. Porém uma grande ameaça Decepticon surge na Terra buscando descobrir o paradeiro de Optimus Prime, o líder dos Autobots que ainda permanece desconhecido por seus inimigos.  Se não bastasse, uma agencia governamental chamada Setor 7 que é coordenada pelo Agente Burns (John Cena) também busca capturar o solitário Autobot. “Bumblebee” (Bumblebee, 2018) é uma produção estadunidense de ação e fantasia escrita por Christina Hodson e dirigida por Travis Knight (diretor de animações como “ParaNorman”, de 2012; “Os Boxtrolls”, de 2014; “Kubo e as Cordas Mágicas”, de 2016; entre outros). Inspirado na franquia Transformers de propriedade da Hasbro, o filme é visto como um prequel de “Transformers”, de 2007, filme dirigido por Michael Bay e que também dirigiu os cinco filmes anteriores da franquia.  

Quando saíram as primeiras impressões positivas e resenhas elogiosas em portais de entretenimento a respeito de “Bumblebee”, era difícil de acreditar nisso. Considerando a vertiginosa ladeira que a franquia “Transformers” havia descendo loucamente a cada novo lançamento, era difícil acreditar que a franquia conseguiria contornar os erros do passado e se reerguer. Era uma tarefa quase impossível. A maioria dos fãs já havia perdido as esperanças logo após o terceiro filme (e ainda vieram os redundantes fracassos materializados em “A Era da Extinção” e “O Último Cavaleiro). Eram filmes inchados de efeitos visuais e muita ação que deixavam seus espectadores tontos dentro de enredos exagerados. Os filmes faturavam bem, mas não agradavam ninguém realmente. Porém basta apenas conferir cerca de trinta minutos de “Bumblebee” para entender o seu sucesso. O filme tem história que familiariza os iniciados, agrada aos fãs e ainda consegue lançar alguns momentos de emoção bastante válidos para um blockbuster. Assim sendo, o roteiro de Christina Hodson funciona em vários aspectos ao entregar um enredo agradável de acompanhar ao mesmo tempo em que apresenta boas cenas de ação providas de muitos efeitos visuais como esperado. É a junção de um bom enredo com uma direção habilidosa.

O filme explora bem o arco da trama em volta da atriz Hailee Steinfeld, proporciona uma presença digna a John Cena e confere momentos de atuação ao personagem título de modo magistral. A atmosfera oitentista dada à produção remete a filmes juvenis daquele tempo, enriquecido por uma trilha sonora genial e uma leveza cômica que gera momentos de humor brilhantes. É difícil não dar risadas em algumas passagens. Além do mais, “Bumblebee” não renega seus filmes anteriores e ainda proporciona lembranças a eles de modo refinado e funcional para dar continuidade a essa nova fase da franquia. Por isso, “Bumblebee” é um reinicio bem-vindo para a franquia que desperta anseio por uma continuação, coisa que seus desastres anteriores já não faziam mais. Uma das grandes surpresas de 2018 em se tratando de blockbusters. Imperdível!

Nota: 8,5/10

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