quarta-feira, 1 de agosto de 2018

Crítica: Tomb Raider: A Origem | Um Filme de Roar Uthaug (2018)


Lara Croft (Alicia Vikander) é a filha independente de um milionário empresário excêntrico que desapareceu quando ainda era muito jovem. Agora com 21 anos, sem grandes pretensões percorre as ruas de Londres prestando um serviço de entrega o que mal lhe rende um ganho para sobreviver. Entre muitas dificuldades e algumas confusões que arranja, ela está prestes a assumir as suas responsabilidades como herdeira de um império corporativo deixado por seu pai. Mas mesmo depois de anos, Lara ainda acredita que seu pai pode estar vivo e ao descobrir algumas pistas de seu paradeiro, a jovem inicia uma expedição em direção a uma ilha na costa do Japão com a ajuda do marinheiro Lu Ren (Daniel Wu), filho de um proprietário de um barco que anos atrás havia levado o pai de Lara a misteriosa ilha. Assim se inicia a jornada de aventura que pode levar Lara a se deparar com segredos e descobertas que pode mudar o rumo do futuro da humanidade. “Tomb Raider: A Origem” (Tomb Raider, 2018) é uma produção estadunidense escrita por Genebra Robertson-Dworet e Alastair Siddons. Dirigida por Roar Uthaug, essa produção é inspirada numa franquia de games de mesmo nome criada pela Crystal Dynamics. Protagonizada por Alicia Vikander, Walton Goggins, Daniel Wu e Dominic West, essa retomada da franquia cinematográfica da personagem as telas do cinema depois de dois filmes estrelados por Angelina Jolie é bastante gratificante.

É de conhecimento público que o lançamento de adaptações cinematográficas de famosos e cultuados games sempre foram sondadas pela crítica com desconfiança, aguardadas pelos fãs com expectativa e que posteriormente se revelaram na maioria das vezes inquestionáveis decepções. No caso de “Tomb Raider: A Origem”, as coisas não são bem assim. O filme tem as sua gama de falhas, mas apresenta realmente um produto renovado, que resgata a essência do jogo que busca imprimir um diferencial de aventura ao seu enredo, ao produzir boas sequências de ação no melhor estilo “Indiana Jones” e ainda gera uma boa oportunidade para que Alicia Vikander possa provar que é capaz de alavancar essa franquia novamente com tanta desenvoltura quanto sua antecessora o fez no passado. Um diferencial notável dessa nova produção talvez esteja no roteiro, mais pé no chão e de menos contornos alegóricos que os filmes protagonizados por Angelina Jolie. Outra coisa: a história não envereda para o cinema fantástico, como sugere a cada momento, aproximando o resultado de algo crível e necessário para ganhar a devida aceitação de um público mais centrado. E Alicia Vikander prova que é uma das melhores atrizes dos últimos tempos e ainda pode render alguns aplausos não somente em dramas categóricos, mas em produções pipocas.

Portanto, “Tomb Raider: A Origem” funciona, seja pelo fato de que a produção descamba intencionalmente para uma arquitetura clássica e grandiosa (leia-se clichê) de filme de aventura possibilitada por recursos digitais e uma estrutura de cinema preparada ou pela condução moderna que é dada ao produto. O que não é nenhuma surpresa, ainda há um gancho no final para uma eminente sequência.

Nota:  7,5/10

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