terça-feira, 13 de junho de 2017

Cinefilia: Parte 2


Algumas rápidas impressões pessoais que não disponibilizavam de tempo ou necessidade para serem realmente otimizadas:

1 - Negócio das Arábias (A Hologram for the King, 2016) de Tom Tykwer: Durante as filmagens de “Cloud Atlas” em 2012, eu presumo que Tom Hanks fez alguma promessa cega ao cineasta Tom Tykwer que não dava para quebrar. Pois não vejo outra razão para ver o talentoso Tom Hanks em um filme de tantas limitações previsíveis. 

2 - Sem Ar (Air, 2015) de Christian Cantamessa: Eu fiquei sem ar e consequentemente sem palavras para descrever o quanto ruim é o resultado dessa produção de ficção científica de contornos apocalípticos que tem Norman Reedus (estrela do seriado “The Walking Dead) e Djimon Houson no elenco principal. Faltou mais cuidado no enredo e criatividade no resto.

3 - Jurassic World: O Mundo dos Dinossauros (Jurassic World, 2015): É no incansável fracasso do parque de diversões jurássico que mora o inquestionável sucesso da franquia. É incrível como a previsibilidade desse produto ainda é capaz de divertir tantas pessoas, dar lucro e até gerar boas críticas. Imagine se Spielberg não fosse apenas o produtor, e sim o diretor?

4 - Insurgente (Insurgent, 2015): Até podia ser diferente de seu antecessor, sendo mais grandioso e envolvente. O trailer é épico. Mas o filme em seu todo, caótico, desesperado e que me fez lembrar a grandiosidade da franquia Matrix por seu desfecho similar. O resultado ficou aquém do esperado, ainda que eu saiba que agradou muita gente.

5 - Hacker (Blackhat, 2015): “De Fogo Contra Fogo” a “Hacker”, o que aconteceu com Michael Mann? Passando por filmes impressionantes ao longo dos anos, onde “O Informante” talvez seja um dos meus preferidos, é estranho ver o estado de conformismo em que se encontra o cineasta. Obviamente o potencial existe, mas se encontra adormecido nesse filme, que tem como poucos destaques a direção de fotografia (mais propriamente a conferida as cenas noturnas) que é sempre de um nível impecável em seus trabalhos.

6 - O Quinto Poder (The Fifth Estate, 2013): De uma narrativa desinteressante, trama imparcial e menos polêmico do que se esperaria de um filme que é a retratação de um dos homens mais polêmicos pós 11 de setembro, o resultado dessa produção dirigida por Bill Condon sugere ser em resumo, o que “Citizenfour” (um premiado documentário de 2014 que tem como destaque Edward Snodew) conseguiu: uma realização instigante, ganhadora de prêmios e imprescindível para quem se manteve atento aos noticiários que não falavam de outra coisa a não ser sobre essa estranha figura chamada Julian Assange. 

7 - Hitman: Agente 47 (Agent 47, 2015): Tanta espera por nada. Chegou a fazer o filme estrelado por Timothy Olyphant parecer bom. Acredita?  

8 - Carga Explosiva: O Legado (The Transporter Refueled, 2015): Eu acho que agora a franquia dá uma estacionada legal.

9 - Pixels (Pixels, 2015): O curta-metragem que inspirou esse filme é melhor. Infelizmente o filme não consegue estender a premissa interessante que gerou a iniciativa de se fazer um longa-metragem. É pouca piada para muito tempo de filme.

10 - Trocando os Pés (The Cobller, 2014): É horrível. Adam Sandler já fez porcarias bem melhores do que esse filme.

11 - Mortdecai A Arte da Trapaça (Mortdecai, 2015): Estranho como muitos outros filmes protagonizados por Johnny Depp, mas muito menos interessante pelo conjunto. O diretor David Koepp está na cadeira de diretor, mas obviamente não se trata de um filme feito sobmedida para suas habilidades. Tirando os aspectos visuais criativos e grandiosos que são lançados à tela, pouco se salva até a chegada dos créditos finais.

12 - O Sétimo Filho (Seventh Son, 2015): Carece de tanta coisa que não ousaria fazer uma resenha detalhada sobre esse filme. Eu seria tão criticado por quem gostou quanto eu criticaria o filme. Julianne Moore que tanto gosto é um desperdício de presença nesse filme de propósito e estrutura confusa, tão desgastante como a muito tempo não via em um filme de fantasia mais contemporâneo.

13 - O Garoto da Casa ao Lado (The Boy Next Door, 2015): O famoso diretor Rob Cohen, a atriz e cantora Jennifer Lopez, como também o jovem ator Ryan Guzman juntam forças para realizar um dos filmes mais insonsos que vi recentemente. Parece um daqueles thrillers de suspense “sobre a vida como ela é”, mas que estão mais do que batidos. Desinteressante em vários aspectos e completamente descartável.

14 - Se Beber, Não Case Parte 3 (Hangover Part III, 2013): Um ótimo exemplo de uma memorável e desnecessária tentativa de prolongar uma franquia. Eu só perdoo porque isso não é um caso isolado em Hollywood. Uma comédia legal no primeiro episódio, uma segunda que repete a fórmula e uma terceira que eu não achei graça nenhuma. 

15 - Truque de Mestre: O Segundo Ato (Now You See Me, 2016): Embora seja legal e Lizzy Caplan tenha sido uma substituição mais do que adequada  a sua antecedente (Isla Fisher), o filme não supera os méritos do primeiro episódio. Uma pena. Tem boas cenas de ação bem realizadas (até melhores do no primeiro) numa trama pra lá de confusa. Eu esperava mais da continuação. Um pouco antes do desfecho eu tava ficando tonto.

16 - Macbeth - Ambição e Guerra (Macbeth, 2015): Três nomes: William Shakespeare, Michael Fassbender e Marion Cotillard. É muita coisa boa em um mesmo filme para não dar certo. O resultado está ótimo do jeito que ficou. Morra de inveja Kenneth Branagh!

17 - Nosso Fiel Traidor (Our Kind of Traitor, 2016): O escritor John le Carré já foi adaptado outras vezes para cinema de um modo muito mais agradável. O curioso é foi de obras literárias de menor sucesso nas livrarias. Se a premissa inusitada repleta de adversidades até intriga, da metade do segundo ato em diante se arrasta e leva a um desfecho... sei lá. Muito estranho. Eu acho que podiam ter feito coisa bem melhor. Deixa uma sensação de falta alguma coisa que faça o devido sentido.

18 - Independency Day: O Ressurgimento (Independency Day: Resurgence, 2016): Esqueçam a somatória de críticas negativas disparadas pela crítica especializada para essa sequência. Eu gostei ao que se propõe, pois não esperava uma obra revolucionária nem coisa nenhuma só porque se passou quase duas décadas depois do primeiro episódio. Para começar o primeiro nem era bom, ele é "cult". O que nem sempre é a mesma coisa. Particularmente está na média correta de poucos blockbusters dos últimos anos. Só faltou o Will Smith em cena "de verdade" para dar um toque de homenagem legítimo ao clássico dos anos 90.

19 - Destino Especial (Midnight Special, 2016): Esse conto de ficção científica se mostra bem agradável e de uma sensível delicadeza narrativa. Intrigante, visualmente bonito e com ótimas atuações por parte de todo o elenco, sua sugestiva homenagem a um clássico da sci-fi realizado por Steven Spielberg "E.T. - O Extraterrestre" é bem sincera e respeitosa. "Destino Especial" é imperdível para quem gosta de um filme que trabalha várias emoções na tela sem querer forçar a barra com o espectador com apelações visuais em excesso. Está tudo da hora!

20 - Kung Fu Mortal (Kung Fu Killer, 2014): A sensação que temos é de estar assistindo a uma réplica made in china de "Seven: Os Sete Crimes Capitais" (filme de sucesso estrelado por Brad Pitt e Morgan Freeman em 1995). Só que aqui o assunto não são os pecados alheios, mas sim o Kung Fu. Pra quem gosta de filmes de artes marciais vai se deliciar com esse produto. As cenas de ação e luta são boas e não deixam a desejar e nenhum aspecto.  

Até a próxima... 

6 comentários:

  1. Marcelo tudo bem??
    Bom vamos lá eu adoro o filme do Hitmam por causa do Timothy..

    Já o Independancy eu gostei muito do filme por causa dos atores antigos, gostei de vê em cena novamente mas o Wil pediu muitos milhões ai tb é muito exagero...

    Truque de Mestre, o segundo, eu assisto ontem e confesso que gostei mais do primeiro.

    Todos da sua lista eu assisti kkkkkk.....

    Beijinhosss ;*
    Blog Resenhas da Pâm

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  2. Negócio das Arábias - Gostei, apesar das limitações.

    Sem Ar - Cara de filme B e nada mais.

    Jurassic World - Divertido.

    Hacker - Não achei ruim. Um filme mediano sobre crimes na era da tecnologia.

    O Quinto Poder - Interessante relato sobre o estranho Assange.

    Se Beber Não Case 3 - Fraco

    Truque de Mestre 2 - Exagerado e confuso.

    Nosso Fiel Traidor - Boas cenas de violência e bom elenco.

    Independency Day: O Ressurgimento - Péssimo

    Destino Especial - Michael Shannon e Jeff Nichols sempre valem a sessão.

    Abraço

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  3. O único citado da lista que eu gosto - e não é tanto - ´Jurrasic World, os outros citados ou achei fracos ou bem ruins como é o caso da ultima parte de Se Beber ... Quinto Poder ...

    http://21thcenturycinema.blogspot.com.br/

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  4. Pamela, Hugo e Cleber: Em geral essa lista é mais composta por filmes que eu não gostei. De exemplos óbvios de filmes ruins aos que possam ainda gerar algum debate, essa lista é mais composta pelos ruins mesmos. Uns mais, outros menos. Os bons eu procuro me aprofundar mais e dedico uma resenha própria para eles.

    Até me arrependi depois de ter citado "Destino Especial", pois o filme merecia até uma resenha de no mínimo 600 palavras de tão bom que é na minha opinião.

    Penso que para o futuro devo estabelecer um equilíbrio maior nas escolhas, ainda que ultimamente não ande assistindo muita variedade.

    Meus cumprimentos a todos.

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  5. esse jurassic é bem ruinzinho. adoro a série divergente. amo todos e a noção de coletividade. eu adorei truque de mestre 2 e amei a lizzy e suas mágicas assustadoras. eu ainda não me animei de ver macbeth. continuo sem me animar depois de sua breve resenha. beijos, pedrita

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    1. Mas "Macbeth" é bem interessante. Intenso, verborrágico e visualmente atmosférico... não tem a força de Othelo, mas é muito bom.

      bjus

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