sábado, 30 de março de 2019

Crítica: Medo Profundo | Um Filme de Johannes Roberts (2017)


As irmãs, Lisa (Mandy Moore) e Kate (Claire Holt) decidem tirar férias no litoral mexicano e usufruir de todas as belezas das praias paradisíacas da localidade. O motivo de Lisa de topar essa viagem, para a surpresa de sua irmã, foi para esquecer os seus problemas conjugais: o seu parceiro pediu a separação. O motivo da separação até onde se sabe foi que ele se aborreceu com o acomodado relacionamento que tinham e decidiu pedir o fim. Decidida a dar a volta por cima e mostrar ao ex o quanto ela pode ser interessante mostrando para ele o erro que cometeu ao terminar a relação, as duas irmãs aceitam um convite inusitado para mergulharem no mar sob a circunstância de estarem confinadas em uma jaula e cercadas por tubarões famintos. Mas algo nessa perigosa aventura dá errado, e Lisa e Kate passam a correr um perigo mortal quando a jaula se desprende da embarcação e ficam presas nas profundezas do mar. Entre o dilema de sair da jaula ou ver o oxigênio acabar, o cenário não podia ser pior.  Medo Profundo” (47 Meters Down, 2017) é uma produção britânica do gênero de terror de sobrevivência escrita por Ernest Riera e Johannes Roberts, que também tem a direção de Johannes Roberts. O cineasta que tem uma larga experiência em filmes de suspense e terror sobrenatural envereda para um gênero de terror mais realista e palpável, mas ao mesmo tempo em que se mostra igualmente tenso e eficiente.

Existe um nicho de mercado em filmes de tubarão que o cinema eventualmente tenta tirar proveito. Entre algumas produções válidas e outras completamente descartáveis, “Medo Profundo” se mostra uma boa opção para quem aprecia o gênero (inclusive há uma sequência agendada para 2019). “Medo Profundo” é um filme de baixo orçamento que faturou imensamente mais do que custou e que atende ao que se propõe ao apresentar um cenário intimidador, boas atuações das protagonistas e um pós-clímax inesperado. Entretanto, ainda que o seu desenvolvimento seja bem preenchido com um punhado de soluções criativas para que a ação se concretize de forma funcional (a adoção de um rádio comunicador na mascara de mergulho para a comunicação entre as personagens quando submersas) e tenha várias situações que se alternam entre tensas e apavorantes como é necessário para prender a atenção do espectador, há um roteiro simplório na apresentação das moças e um desenvolvimento previsível que somente serve para preparar o terreno para o verdadeiro foco dessa produção: os tubarões. Mas “Medo Profundo” oferece um desfecho que contorna a limitações de sua primeira parte, ao entregar no final de sua terceira parte uma inesperada surpresa quando ninguém espera ver mais nada de espantoso. Em resumo: um bom gasto de tempo.

Nota:  7/10

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