sexta-feira, 6 de novembro de 2015

Crítica: Velocidade Máxima | Um Filme de Jan De Bont (1994)


O que parecia ser apenas mais um dia na ensolarada cidade de Los Angeles, acaba se tornando um dia inesperadamente impressionante. Quando o psicopata Howard Payne (Dennis Hopper) coloca uma bomba em um ônibus do transporte coletivo da cidade, e que caso a velocidade do transporte venha a cair para menos de 80 km/h, o ônibus explode. Isso é o princípio de um plano terrorista que acaba de entrar em ação. Caso suas reinvindicações financeiras não sejam atendidas, o pior irá acontecer.  Assim o policial, Jack Traven (Keanu Reeves) entra no veículo e passa a contar com a ajuda da jovem passageira, Annie Porter (Sandra Bullock) para manter o ônibus em movimento independente das circunstâncias, isso dentro das reinvindicações do terrorista, enquanto o FBI tenta encontrar um meio de desarmar a bomba e impedir o sucesso do plano do terrorista. Numa corrida contra o tempo, todas as chances estão contra os passageiros e cabe a Jack mudar o rumo desse perigoso jogo, ao qual todos os passageiros desse ônibus estão sendo submetidos. “Velocidade Máxima” (Speed, 1994) é uma produção estadunidense de ação escrita por Graham Yost e dirigido por Jan de Bont. Sucesso de bilheteria da época, o impressionante resultado dessa produção continua a manter intacta uma expressiva quantidade de fãs que se formaram ao decorrer dos anos. Embora tenha gerado uma fracassada continuação (essa sem a presença de Keanu Reeves no elenco), que consta como sendo um desastre dos mais homéricos de Hollywood, o fato de ainda se discutir a possibilidade de um terceiro episódio mesmo depois de duas décadas, somente demonstra a força imbatível do filme original sobre os espectadores.

De uma improvável premissa, “Velocidade Máxima” é materialização do que há de melhor do cinema de ação dos anos 90. A sequência de introdução que se passa dentro de um elevador já denota o valor da elaboração desse longa-metragem. Jan De Bont, que antes dessa produção somente detinha uma vasta experiência como diretor de fotografia em blockbusters de sucesso, se mostrou inspirado ao fazer a mudança de função para a cadeira de diretor e agraciou o público com um filme de estreia icônico. Equilibrando ação e tensão com um nível de precisão impressionante, Jan De Bont se arma com toda a estrutura de um cinema de ação de qualidade e entrega um filme que prende a atenção dos espectadores do começo ao fim com enorme firmeza e competência. Além dos requintes de uma produção bem feita, o cineasta é auxiliado por dois astros em ascensão do cinema da época (Keanu Reeves e Sandra Bullock) que rivalizando com um veterano do cinema norte-americano, o ator Dennis Hopper, todos sem exceção entregam desempenhos imbatíveis e mais do que funcionais ao improvável enredo no qual praticamente a dupla de protagonistas não saem das dependências de um ônibus circular de passageiros de Los Angeles. E esse aspecto, das impossibilidades que ganham contornos críveis é um dos aspectos mais charmosos desse filme. Não é difícil embarcar na viagem do roteiro e torcer pelas vítimas do acaso. Em resumo, “Velocidade Máxima” é mais um daqueles nostálgicos filmes de uma boa fase do cinema dos anos 90. Através de sequências carregadas de emoções vibrantes para o espectador, cenas de ação de tirar o fôlego que são margeadas por um inesperado romance, esse filme é um daqueles que você não se cansa de ver reprisar.

Nota:  9/10 
   

2 comentários:

  1. É uma sensacional perseguição do início ao fim.

    Ao lado de "Twister", são dois trabalhos que mostram o talento de Jan de Bont para cenas de ação.

    Infelizmente os filmes posteriores do diretor foram bem ruins e sua carreira foi para o buraco.

    Abraço

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    1. É mesmo... tirando "Twister", o restante dos filmes de Jan de Bont não convencem em quase nada. Uma pena!

      abraço

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