Evelyn Salt (Angelina Jolie) é uma agente da CIA extremamente competente, comprometida e respeitada em seu meio de trabalho. Porém, certo dia ela é acusada por um espião russo que acaba de desertar de ser uma agente dupla. Com seu nome jogado na lama, sua lealdade aos interesses da agencia de espionagem é colocada a prova, e suas habilidades como agente são suas únicas armas para provar sua inocência e acima de tudo, salvar sua vida que a partir desse momento passa a correr um risco mortal. “Salt” (Salt, 2010) é uma produção estadunidense de ação, suspense e espionagem escrita por Kurt Wimmer e dirigida pelo cineasta australiano Phillip Noyce (responsável por filmes como “Jogos Patrióticos”, “Colecionador de Ossos”, entre outros mais). Estrelado por Angelina Jolie, Liev Schreiber e Chiwetel Ejjofor, essa produção segue uma propensa tendência do cinema. O uso de personagens femininas valentes, que agem com determinação e reagem as circunstâncias de modo extremo deixando os marmanjos no chinelo quando o assunto é espionagem. E de várias produções de ação protagonizadas por mulheres, Angelina Jolie talvez seja a que melhor consegue se destacar. Talentosa como atriz, habilidosa artista marcial, ela consegue dar a devida credibilidade a sua personagem se mostrando a melhor coisa desse thriller de espionagem.
Tecnicamente brilhante, “Salt” possui cenas de ação empolgantes que inclusive muitas vezes desafiam a lógica. Porém a atuação convincente da Angelina Jolie, um elenco de apoio expresso em nomes como Liev Schreiber e Chiwetel Ejjofor que apresentam papéis competentes e uma trama bem amarrada, faz de “Salt” um longa-metragem bem agitado e emocionante de ser conferido. Entretanto, o ponto forte é a presença de Angelina Jolie, que torna crível as cenas de ação, ganha pontos pelas passagens dramáticas mais sensíveis que há no enredo e prende a atenção do espectador às vezes enlouquecido pelas inúmeras reviravoltas do roteiro. Na verdade, esse talvez seja o aspecto mais incomodo dessa produção: a maneira de como a trama insiste em querer se movimentar a cada segundo em diferentes direções. Embora a experiente direção de Phillip Noyce consegue dar coesão as ações projetadas na tela, percebe-se uma falta freio para exageros que não casam bem com a proposta. Sobretudo, “Salt” é um bom filme de espionagem, cheio de adrenalina e com uma visão arrojada do meio, conduzida com um ritmo forte que não faz feio diante de outras produções protagonizadas por agentes secretos muito mais ilustres do cinema.
Nota: 7/10
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