quinta-feira, 2 de maio de 2019

Crítica: A Justiceira | Um Filme de Pierre Morel (2018)


Riley North (Jennifer Garner) é uma viúva que traça um implacável caminho de acerto de contas contra o cartel de drogas que foi responsável por matar seu marido e sua filha e da justiça que os manteve impunes diante de um panorama contrário a inocência. Depois de vários anos treinando para ser uma justiceira, Riley ingressa numa jornada de vingança sanguinolenta sem volta, onde a única solução que é capaz de somente ver é matar ou morrer. “A Justiceira” (Peppermint, 2018) é uma produção de ação escrita por Chade São Jõao e dirigida por Pierre Morel.  Tendo como protagonista a atriz Jennifer Garner e um elenco de apoio composto por John Ortiz, John Gallagher Jr., Juan Pablo Raba e Tyson Ritter, essa produção recebeu a indicação no evento Framboesa de Ouro na categoria Pior Atriz. Embora o desempenho de Jennifer Garner (atriz que já havia interpretado papéis de mulheres fortes e obstinadas no passado), a sua presença em “A Justiceira” talvez seja a coisa mais agradável que se possa ver. O diretor Pierre Morel que também já está habituado a dirigir filmes de ação nos moldes dessa produção, entrega um de seus filmes mais fracos de sua carreira. Assim sendo, entre boas sacadas que estão presentes nessa produção também há uma série muito maior de aspectos desagradáveis que fazem de “A Justiceira” um filme limitado que não passa de uma realização mediana sem força.

Entre erros e acertos de “A Justiceira”, um dos seus maiores problemas está no roteiro clichê de Chade São João. Sua trama é uma espécie de história de conhecimento público que não se esforça em propor reviravoltas para prender a atenção do espectador. Seu desenvolvimento é propositalmente previsível e passa a ser prejudicado ainda mais por alguns outros deslizes inconcebíveis. A transição de pacata dona de casa para assassina sem piedade não convence nem o mais desatento espectador. Há uma falta de elaboração do personagem de Jennifer Garner que é gritante aos sentidos. Se Garner até concede alguns momentos de interpretação adequados a proposta do filme e um desempenho que passa alguma credibilidade aos eventos mais agressivos (a atriz passou por treinamento militar e marcial intenso para viver a personagem) e Morel com toda a sua experiência no gênero após enfileirar ao longo dos anos produções como essa em sua filmografia, nunca deixa “A Justiceira” brilhar realmente na tela como deveria. Garner até se esforça, mas o roteiro pobre associado a uma direção que vê na figura de Riley North nada além do propósito de matar todo mundo sem o mesmo verniz cinematográfico que fez de Liam Neeson um dos mais promissores atores de filmes de ação dos últimos tempos, fica difícil ignorar as falhas presentes aqui.

Essa incursão badass de Jennifer Garner que é transposta em “A Justiceira” deixa a desejar em vários aspectos. Seu efeito de agrado é relativo a expectativa do espectador, que pode ou não se agradar com o pouco que acaba oferecendo ao público. O filme não chega a ser uma completa perda de tempo, mas também não se esforça em nada para ser um bom filme de ação como alguns lançados nos últimos tempos.

Nota:  5/10

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