domingo, 6 de janeiro de 2019

Crítica: Predador | Um Filme de Shane Black (2018)


Uma perseguição entre naves alienígenas no espaço traz a Terra um novo predador que acaba sendo capturado por humanos. Mas antes de sua captura, ele tem seu capacete e bracelete roubados por Quinn McKenna (Boyd Holbrook), um atirador de elite que estava em uma missão secreta no local onde a nave espacial aterrissou. Porém quando a bióloga Casey Brackett (Olivia Munn) é chamada para examinar a recém-descoberta, o alienígena consegue escapar do laboratório onde era mantido em cárcere e de predador a alvo de caça, o filho prodígio de McKenna, um grupo de desajustados soldados que se aliam para ajudar McKenna e a bióloga passam a se envolver numa guerra entre espécies alienígenas ao mesmo tempo em que precisam frear a ambição de um perigoso grupo mercenário a serviço do governo. “O Predador” (The Predator, 2018) é uma produção estadunidense de ação e ficção científica escrita Fred Dekker e Shane Black. Dirigida por Shane Black, o filme é inspirado em um personagem que apareceu pela primeira vez nos cinemas em 1987, em um filme estrelado por Arnold Schwarzenegger e dirigido por John McTiernan. De lá para cá, são quatro filmes solo e mais dois em que o personagem divide a tela com o “Alien”, da franquia de ficção cientifica criada por Ridley Scott.

O Predador” de Shane Black tinha como objetivo sumário, revitalizar a franquia que a muito já estava desgastada. Porém apenas realizou como era esperado, mais uma sequência inchada de músculos, ação confusa e novas ideias sobre o personagem título que pouco causaram fascínio nos antigos fãs do primeiro filme. Essa nova empreitada no máximo entretém, com suas novas peculiaridades e algumas boas sacadas conferidas pela experiência de criar produtos bastante comerciais como Shane Black já mostrou no passado. Mas é pouco para satisfazer um público ávido por um filme a altura do original. O roteiro que transborda personagens clichês (o grupo de elite desajustado, o garoto prodígio que pode ser a salvação da lavoura e a cientista vitimada pelas circunstâncias), eventos mal desenvolvidos que levam a um desfecho exagerado é apenas amenizado por efeitos visuais bacanas, uma ação explosiva e uma dose de humor politicamente incorreto que casa bem com a proposta da produção. A atmosfera oitentista é preservada ao se observar com cuidado o esquadrão que ajuda Quinn McKenna, algumas homenagens ao filme original foram adicionadas através de umas poucas cenas e a figura do herói desempenhada por Boyd Holbrook funciona de modo considerável. No entanto, o personagem de Sterling K. Brown é mais um empecilho do que uma ameaça, prejudicando o conjunto da obra.

Uma curiosidade: Shane Black chegou a trabalhar no elenco do filme original ao desempenhar o papel de um dos soldados do grupo de elite liderado por Arnold Schwarzenegger. Sobretudo, “O Predador” funciona com um corriqueiro passatempo escapista, não suficientemente bom como gostaríamos, mas satisfatório se contemplado sem expectativas. A coisa mais odiosa é gancho forçado para a provável sequência que virá por ai no futuro. Bizarro!

Nota:  6/10

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