sexta-feira, 28 de dezembro de 2018

Crítica: Venom | Um Filme de Ruben Fleischer (2018)


Quando o problemático jornalista Eddie Brock (Tom Hardy) busca desesperadamente reconstruir sua vida profissional revelando o que acontece nos bastidores de uma poderosa corporação comandada pelo empresário Carlton Drake (Rice Ahmed) chamada Fundação Vida, um inesperado contato com uma forma de vida alienígena o faz desenvolver poderes sobre-humanos. Caçado pela Fundação Vida após uma desastrosa invasão em seus laboratórios, Eddie se funde a forma alienígena gerando um alter-ego chamado Venom, que é um anti-herói de grandes e perigosas habilidades que serão cruciais na sobrevivência de Eddie e no destino do mundo diante de uma perigosa ameaça alienígena que se arquiteta nas sombras das grandes descobertas cientificas. “Venom” (Venom, 2018) é uma produção estadunidense de ação e fantasia baseada no anti-herói da Marvel Comics. Escrito por Scott Rosenberg, Jeff Pinnker e Kelly Marcel, o filme é dirigido por Ruben Fleischer (diretor de filmes como “Zumbilândia” e “Caça aos Gangsters”). Com corpo e alma de um produto explicitamente voltado para o entretenimento, “Venom” conquista seu espaço paralelamente ao Universo Cinematográfico Marvel (MCU) e gera uma das dez maiores bilheterias de 2018, um filme bacana e uma certeira sequência para o futuro.

Mas ainda assim, “Venom” não é tudo aquilo. Pelo contrário, já que o filme é carregado de limitações impostas pelo estúdio e intensificadas pelo pouco esmero do produto. Como o próprio portal AdoroCinema foi capaz de resumir: “Ao Assistir “Venom”, tenha algo claro em mente: este é um produto comercial escancarado, mais interessado em explorar a popularidade do personagem-título do que em desenvolver uma história.” Portanto, o roteiro do filme peca muito, seja nos diálogos didaticamente simplistas e típico de blockbusters ou no desenvolvimento da trama que é atropelada pela necessária imposição do gênero por um ritmo acelerado que não concede profundidade aos personagens. Sendo assim, o brilho de “Venom” está no carisma de Tom Hardy, nos efeitos visuais que materializam a figura do personagem principal e no tom descompromissado com que o filme se desenvolve na tela, onde uma parcela significativa de piadas funcionam de modo redondo. Porém Hardy teria muito mais a oferecer como ator com um roteiro mais trabalhado em tese (vejam o que ele fez ao personagem de Bane em “Batman O Cavaleiro das Trevas Ressurge); o personagem de Venom é muito mais do que um delírio visual consequente dos avanços tecnológicos do cinema e a presença de Rice Ahmed soa apagada e sem tempero em momentos cruciais da trama, um deslize que é uma perturbadora moléstia ao vilão.

Sobretudo, “Venom” é bem recheado com cenas de ação de uma funcionalidade bastante válida ao conjunto e uma dose de humor sempre necessária em filmes do gênero. Tudo que o espectador espera conferir em um filme da Marvel. Em resumo: “Venom” é uma boa oportunidade de entretenimento descompromissado que provavelmente terá um futuro próspero nas telonas como seu antagonista aracnídeo.

Nota:  7/10


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