segunda-feira, 11 de setembro de 2017

Crítica: Eu Não Sou um Serial Killer | Um Filme de Billy O’Brien (2016)


John Cleaver (Max Records) é um jovem de 16 anos clinicamente propenso a ser no futuro um assassino em série. E ele sabe disso. Diagnosticado e tratado como tal, ele reluta contra seus instintos. E embora seja obcecado pela história e trajetória publica de assassinos em série, também não tem desejo de se tornar um. Vivendo sobre uma rigorosa doutrina que controla seus impulsos homicidas, e evita que ele realize um assassinato, essas regras são adotadas para o seu bem e das pessoas ao seu redor. Mas quando um verdadeiro monstro e assassino surge misteriosamente em sua cidade, e as pessoas começam a morrer, sua atenção se volta para os mistérios em volta desses homicídios. Porém, descobrir a identidade do assassino é uma tarefa fácil se comparado às dificuldades de impedi-lo e leva-lo a justiça. “Eu Não Sou um Serial Killer” (I Am Not a Serial Killer, 2016) é uma produção de suspense e terror escrita por Christopher Hyde e Billy O’Brien. Também dirigida por Billy O’Brien, esse longa-metragem é adaptado da série homônima escrita pelo escritor de horror e ficção científica Dan Wells, publicada em 2009. Estrelado por Max Records, Christopher Lloyd e Laura Fraser, “Eu Não Sou um Serial Killer” estreou no South by Southwest Film em março de 2016. Essa produção cria uma boa atmosfera de suspense psicológico sem compromisso e ainda reserva uma surpresa diferente para o seu final.

Eu Não Sou um Serial Killer” tem todos os elementos de um bom suspense de terror. Um ambiente comum típico de filmes do gênero; uma atmosfera bem criada que mantem a atenção do espectador do começo ao fim; personagens cativantes e uma trama aparentemente sólida. Mas por que aparentemente? Porque depois que o diretor Billy O’Brien, que lá pela metade do filme já havia provado o seu valor atrás das câmeras, onde trabalhou todo o seu potencial na condução de um produto bastante satisfatório no gênero do suspense e horror, a trama desse filme envereda repentinamente em seu desfecho por caminhos diferentes. O caminho da ficção científica, uma das bases de todo trabalho literário de Dan Wells. E para quem não conhece o foco do trabalho do escritor, pode estranhar o rumo que o filme toma ao fim. Se para uns pode até parecer apelativo, para outros algo desnecessário e para muitos destoante, ainda assim o elemento chama a atenção depois que o espectador já está familiarizado com os percalços de John Cleaver que tenta descobrir quem pode ser o assassino que tem causado medo em sua cidade. Através de um ótimo desempenho de Max Records que mescla bem as nuances de seu personagem com toques de ironia, sua atuação é favorecida pela presença do veterano Christopher Lloyd que faz o papel de um pacato vizinho e de Laura Fraser, a mãe de John.

Sem requer ser mais do que é, “Eu Não Sou um Serial Killer” é um bom filme que pode agradar fãs do gênero. Com uma ótima trilha sonora, uma direção de fotografia bacana e atuações legais, o filme prende a atenção do espectador com eficiência e proporciona alguns sustos bastante válidos para quem gosta. Porém seu desfecho, mesmo que bem anexo à trama principal, esse aspecto pode facilmente causar estranheza para quem não gosta de surpresas de fora de hora.

Nota:  6,5/10

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