segunda-feira, 24 de julho de 2017

Crítica: Kong: A Ilha da Caveira | Um Filme de Jordan Vogt-Roberts (2017)


O ano é 1973. Em algum lugar do pacifico sul existe uma ilha desconhecida pelo homem que esconde segredos inimagináveis da natureza. Entre muitos rumores e nenhum fato, o governo americano autoriza uma missão de reconhecimento dessa ilha chamada Ilha da Caveira. Quando uma organização secreta chamada Monarch organiza uma expedição para a descoberta de seus segredos, tendo a ajuda de militares recém-saídos da vexaminosa Guerra do Vietnã, esse grupo é confrontado com um paraíso intocado de belezas naturais nunca antes visto que se contrasta com criaturas selvagens vindas das profundezas da terra. À medida que a expedição fracassa e seus membros lutam para sobreviver nesse ambiente hostil, descobre-se que King Kong, um primata do tamanho de um prédio está no centro de uma batalha pelo domínio dessa ilha que está ameaçada por perigosas criaturas e por um general que insiste em declarar guerra contra o inimigo errado. “Kong: A Ilha da Caveira” (Kong: Skull Island, 2017) é uma aventura de horror e ficção cientifica que instala um reboot da franquia King Kong iniciada na década de trinta. Dirigido por Jordan Vogt-Roberts, o filme tem no elenco principal nomes como Tom Hiddleston, Samuel L. Jackson, Brie Larson, Jason Mitchell, Toby Kebbell, Tom Wilkinson, Thomas Mann, Terry Notary, John Goodman e John C. Reilly. Com uma pegada bastante comercial, o diretor americano Jordan Vogt-Roberts consegue revigorar a franquia com um bom nível de excelência se comparado a uma boa parcela de blockbusters.

É evidente que “Kong: A Ilha da Caveira” tem sua inspiração em filmes de guerra como “Apocalipse Now”, pois ambos os filmes se passam no delicado período da Guerra do Vietnã. Há um punhado de passagens visuais, na trilha sonora nostálgica e personagens que remetem a lembrança do icônico filme realizado por Francis Ford Coppola. Assim, mesclando o gênero de guerra com o de monstros do cinema fantástico, o roteiro trabalha com flexibilidade essa inusitada união. Recheado de boas cenas de ação, efeitos visuais competentes e algumas atuações de credibilidade dadas pela presença de atores como Samuel L. Jackson e Tom Hiddleston, essa produção atinge um bom nível de eficiência ao que se propõe alcançar: divertir o espectador. Embora este filme esteja desprovido de momentos memoráveis inéditos (a figura do gorila gigante no topo do edifício Empire State enquanto é alvejado por disparos de aviões de guerra é um momento icônico do cinema), “Kong: A Ilha da Caveira” é obviamente desconectado da realidade ainda que esboce o desejo de se fazer lógico de alguma forma. Esta versão de King Kong não supera o trabalho de Peter Jackson em 2005, seja nos quesitos técnicos ou na eficiência do produto em geral, mas ainda assim proporciona uma boa dose de ação e diversão além de intencionar numa cena pós-credito ser o primeiro filme de uma sequência que se espera supostamente haver um confronto entre King Kong e Godzilla. Por isso, “Kong: A Ilha da Caveira” pode não ser uma gloriosa retomada da franquia, mas ainda assim é um blockbuster melhor do que eu esperava.

Nota:  7/10

2 comentários:

  1. A mesma nota que citei no blog. É uma diversão passageira em ritmo acelerado.

    Abraço

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    1. Adoro ver esses filmes que a gente não dá nada e no final ainda consegue conferir alguma satisfação. Mas também odeio quando acontece o contrário:)

      abraço

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