sábado, 20 de agosto de 2016

Crítica: O Combate: As Lágrimas do Guerreiro | Um Filme de Christophe Gans (1995)


Yo Hinomura (Mark Dacascos) é um assassino contratado de uma organização secreta chinesa que curiosamente chora toda vez que executa um serviço.  Seu remorso pelas vítimas que deixa para trás o consomem. Algo muda em seu comportamento quando uma solitária mulher, Emu O’Hara (Julie Condra) testemunha esse assassino executando mafiosos da máfia japonesa. Ao invés de mata-la, ele passa a protegê-la de uma retaliação da Yakuza que busca vingança pela morte de um importante líder da organização. “O Combate: As Lágrimas do Guerreiro” (Crying Freeman, 1995) é uma produção conjunta entre França, Canadá, Japão e Estados Unidos, escrita por Thierry Cazals, Laurie Finstad-Knizhnik e Christophe Gans. Dirigida por Christophe Gans (mesmo diretor de “Pacto com Lobos” e “Jovem Demais para Morrer”), essa produção é inspirada em um mangá homônimo criado por Kazuo Koike e Ryoichi Ikegami. Estrelado por Mark Dacascos, Julie Condra, Rae Dawn Chong e Tchéky Karyo. Com uma estética bastante arrojada, boas cenas de luta e com uma história ágil, O Combate: As Lágrimas do Guerreiro” trás para o espectador um filme de ação bastante funcional.

O Combate: As Lágrimas do Guerreiro” faz parte do tempo em que Hollywood tentava alçar o astro do cinema B, Mark Dacascos ao primeiro time do cinema de ação. Habilidoso artista marcial, seu nome habita dezenas de filmes de artes marciais da década de 90, mas que nunca conseguiu encontrar qualquer reconhecimento na indústria do cinema como um ator sério. Pudera, já que seus filmes em geral são de qualidade bastante oscilante e maioria não passa de filmes descartáveis que ficaram no esquecimento. Contudo, O Combate: As Lágrimas do Guerreiro” tem uma elegância agradável em sua forma, cenas de ação criativas e uma atmosfera bem construída para acomodar a trama. Longe de ser uma obra brilhante, também não faz feio perante inúmeros filmes de grandes estúdios que eram estrelados por astros de cinema da época. Na verdade o diferencial dessa produção está em um punhado de cenas de ação criativas conduzidas pelo talentoso diretor Christophe Gans, que serem soube conferir uma beleza estética a seus trabalhos como compensação de outras eminentes ausências. Por isso, O Combate: As Lágrimas do Guerreiro” é um bom programa de diversão de meados da década de 90, há muito esquecido pelo grande público e que até é merecedor de uma eventual revisitada.

Nota:  7/10

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