domingo, 29 de maio de 2016

Crítica: Jogo de Espiões | Um Filme de Tony Scott (2001)


Nathan Muir (Robert Redford) é um ex-manda-chuva da CIA que se prepara para se aposentar de suas responsabilidades na agência. Depois de uma longa e promissora carreira na cadeia de comando CIA, um dia antes do tão famigerado dia de sua aposentadoria ele é surpreendido com uma inesperada notícia: um de seus pupilos, e também grande amigo, o agente Tom Bishop (Brad Pitt) está preso e condenado à morte em uma prisão chinesa, onde a sentença será executada no prazo de 24 horas. Determinado a libertá-lo antes que o prazo se esgote, mesmo sem o consentimento do governo americano, toda sua experiência é colocada á prova. Sendo que ao mesmo tempo em que tenta salvar o amigo da morte, ainda precisa lidar com o jogo interesses dos chefões da inteligência que estão ansiosos para colocá-lo de lado por definitivo. “Jogo de Espiões” (Spy Game, 2001) é thriller de espionagem internacional dirigido pelo britânico Tony Scott (1944-2012), realizador de filmes comoTop Gun: Ases Indomáveis”, “Déjà Vu”, “Inimigo de Estado”, entre muitos outros mais. Escrito por Michael Frost Beckner e David Arata, em contrapartida de seu desenvolvimento inverossímil, o filme é intenso, ágil e repleto de boas sacadas narrativas, onde essa produção está recheada de várias qualidades de seu realizador que consegue extrair da mais simplista premissa uma dose extra de energia.  

Jogo de Espiões” não é máxima do gênero, mas tem o seu valor. E justamente por ter sido feito por quem foi. Tony Scott (irmão de Ridley Scott) sempre buscou levar o espectador a uma experiência eletrizante, repleta de adrenalina e que prenda a atenção do espectador do começo ao fim sem dificuldades, mas não necessariamente memorável. Suas capacitações sempre se focaram em histórias enxutas que pudessem ganhar força na forma e no movimento. E isso ele sempre conferiu ao seu trabalho, como combinar talentos consagrados no elenco com propensos astros; além de imprimir uma roupagem arrojada através do uso de um condicionamento técnico sofisticado no desenvolvimento de suas histórias de claro foco comercial. Em “Jogo de Espiões” não é diferente. Acompanhar com atenção Robert Redford no complexo jogo de intrigas internacionais com suas memórias do passado quando recrutou Brad Pitt no fervo do Vietnã, além de missões conjuntas, o filme esbanja habilidade na montagem do nostálgico passado com alarmante presente. Duas atuações de grande trunfo que ganham intensidade pelas competências de Tony Scott. O filme tem em seu conjunto uma boa dose de humor inteligente e um toque de ação e suspense bem conduzido. “Jogo de Espiões” não é o melhor thriller de espionagem que já vi, como também não é o melhor filme realizado por Tony Scott, mas apresenta duas ótimas atuações dos protagonistas que elevam o resultado e ao mesmo tempo estampa várias qualidades que seu realizador adotava em seu trabalho.

Nota:  7,5/10

6 comentários:

  1. eu gostei, vi em 2007 e deu saudosismo. comentei aqui http://mataharie007.blogspot.com.br/2007/11/jogo-de-espies.html
    beijos, pedrita

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  2. Vi no cinema na época. Concordo que não é o ponto alto da carreira de nenhum dos envolvidos, mas como passatempo dá pro gasto.

    Cumps.

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    1. Também vi esse filme no cinema, numa sessão quase solitária. Mas valeu o ingresso pois ficou na memória.

      abraço

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  3. O interessante é mostrar as "armas" que os antigos espiões precisavam utilizar. O personagem de Redford precisa resolver a situação através de telefones antigos, aparelhos de fax e os contatos que fez durante a carreira, bem diferente do "real time" atual.

    É um bom filme que consegue prender a atenção.

    Abraço

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    1. Gostei da história em si e a forma como ela procede. É óbvio que as proporções das ações ganham contornos exagerados, típico do cinemão, mas divertidamente legal e que realmente prende a atenção.

      abraço

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