quinta-feira, 29 de junho de 2017

Crítica: Maze Runner: Prova de Fogo | Um Filme de Wes Ball (2015)


Baseado no segundo livro da série escrita por James Dashner, “Maze Runner: Prova de Fogo” (Maze Runner: The Scorch Trials, 2015) é uma produção estadunidense de ação e mistério juvenil que se passa em mundo pós-apocalíptico e que é a sequência de “Maze Runner: Correr ou Morrer”, de 2014; que também foi dirigida por Wes Ball. O slogan que alavancava o marketing desse longa-metragem dizendo: “O labirinto era apenas o começo”; não era nenhum exagero. O universo de Maze Runner cresceu enormemente em seu segundo episódio, onde surgiram muitos outros personagens diferentes e os desafios tanto se multiplicaram como se tornaram ainda mais perigosos. Após alguns poucos jovens escaparem dos perigos do labirinto da aventura “Maze Runner: Correr ou Morrer”, Thomas (Dylan O`Brien) e os garotos que o acompanharam em sua fuga da Clareira precisam lidar com uma realidade muito mais perigosa do que os limites do labirinto. Agora temos uma difícil travessia desértica, uma fuga alucinada de um assustador ataque zumbi e um confronto com rebeldes com suas cabeças a prêmio numa guerra tão repleta de armadilhas quanto cheia de segredos a espera de algumas revelações.

Maze Runner: Prova de Fogo” continua correndo com pressa. Mesmo com todos os obstáculos do labirinto deixados para trás, com direito a uma breve sensação de alívio aos sobreviventes, Dylan O’Brien continua liderando uma fuga sem descansos; seja por causa da misteriosa organização que os colocou na Clareira, ou devido a um prematuro contato com os zumbis que infestam a superfície do mundo. Essa sequência tenta imprimir na tela, através de movimentadas sequências de ação frenética e correrias desenfreadas por ambientes inóspitos de uma realidade pós-apocalíptica, se lançar como uma incessante produção de ação que mescla vários gêneros diferentes (ação, aventura, terror e mistério) sem se destacar em nenhum deles de modo válido. A aparência enxuta de seu antecessor nunca pareceu tão superior depois de acompanhar o ambiente caótico que marca esse segundo episódio da franquia. Há uma soma excessiva de elementos narrativos que pouco confere ao conjunto, como uma ampliação do enredo que não sobressaiu o resultado do filme anterior. Se alguns mistérios do enredo ainda continuam presentes na mente do público, dessa vez Wes Ball deu uma canseira não somente nos personagens que estavam o tempo todo correndo, mas nos espectadores que esperavam algo no mínimo a altura de seu antecessor.

Agregando alguns novos personagens ao enredo dessa segunda fase da série, pouco de positivo é notado. Atuações desinteressantes e mal aproveitadas, suas presenças são apenas justificadas pela honra do material fonte que é combinado a uma odisséia de videogame. Por isso, “Maze Runner: Prova de Fogo” até pareça ter tudo para agradar aqueles que se interessaram pela franquia depois de conferir o resultado do primeiro filme, mas sua continuação é completamente diferente e joga o material de forma diferente. Muito mais elétrica e caótica do que se poderia tolerar. Embora eu não esteja familiarizado com as qualidades literárias da série, e tenha apreciado demais o primeiro episódio, essa continuação se mostrou para mim um pouco decepcionante. Que venha a continuação...

Nota:  5/10

8 comentários:

  1. eu gostei bastante. gosto do sentido de coletividade dessa série. todos estão sempre unidos para ajudar os outros. é o que acho mais fascinante nessa série. e gostei demais. comentei os dois aqui http://mataharie007.blogspot.com.br/search?q=maze+runner

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    1. Eu me lembro de seu post Pedrita. Inclusive expressei minha opinião lá, bastante parecida (em tese) com que fiz a minha resenha aqui.

      bjus

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  2. Até a capa assusta.
    Mas essa visão da Pedrita, abranda.

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    1. O aspecto que Pedrita menciona provavelmente exista, mas particularmente não me chamou a atenção. Por outro lado, as falhas me desagradaram demais e não pude me conter em mencionar. Se não conhece a série, minha sugestão é que assista ao primeiro filme antes de ver este.

      bjus

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  3. Eu achei um pouco melhor, mas sem comparação com o bom primeiro filme, que me surpreendeu positivamente.

    A locação no labirinto era um diferencial, algo que se perdeu nesta continuação por conta da mudança de foco da trama.

    Abraço

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    1. Verdade. Confesso que eu me surpreendi bastante com o primeiro filme, que assisti sem expectativa nenhuma e se mostrou bastante intrigante. Agora esse...

      abraço

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  4. Eu assisti esse, mas não lembro nada do que aconteceu nele.
    Quando tento buscar na memória a unica coisa que aparece é uma cena de um cara sendo atingido por um raio, mas não tenho certeza se é relacionado a esse filme :P

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    1. Confesso para você que eu não lembro dessa parte:)

      abraço

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