terça-feira, 13 de janeiro de 2015

Crítica: Profissão de Risco | Um Filme de David Grovic (2014)


Jack (John Cusack) é contratado por Dragna (Robert De Niro) para se apossar de uma bolsa de conteúdo misterioso e esperar nas dependências de um motel no quarto 13 até que ele próprio venha a recolher a encomenda. Jack recebe instruções claras para que nunca abra a bolsa independente do que acontecer. Mas as coisas não correm de acordo como o planejado, e logo no inicio ele já é alvejado na mão e passa a levantar suspeitas sobre sua figura. E quando Jack passa envolver uma misteriosa mulher, Rivka (Rebecca da Costa) em seu trabalho, um amontoado de mortos começa a chamar a atenção das autoridades locais. Ao se ver acuado diante do fato de que inúmeras pessoas estão na caça dessa bolsa, seu tempo está acabando nesse jogo de gato e rato igual as suas chances de executar o trabalho do modo combinado. “Profissão de Risco” (The Bag Man, 2014) é um thriller de crime noir estadunidense dirigido por David Grovic, e que tem como base de inspiração o livro The Cat: A Tale of Feminine Redemption escrito por Marie-Louise von Franz. Com o roteiro adaptado pelo próprio Grovic em parceria com Paul Conway, o filme de estreia de David Grovic para a telona se mostra pouco fluente no gênero no qual habita, por não criar uma atmosfera competente, e desinteressante por recheá-lo de situações complicadas que somente servem para prolongar sua duração.


Profissão de Risco” não demonstra ter uma trama sólida e com um propósito bem definido para seu conjunto, demonstrando sucessivas falhas de roteiro que não ajudam o experiente elenco principal de salvar essa produção do limbo. Infelizmente seu desenvolvimento é uma sequência de eventos irregulares que apresenta personagens estranhos, uma violência ala Tarantino e até se aventura a fazer uma desajeitada e inconcebível homenagem ao clássico filme “Psicose”, de Alfred Hitchcock. São equívocos sobre equívocos, numa mistura de combinação improvável que fazem do seu desenvolvimento uma desgastante perda de tempo. Nem o icônico astro Robert De Niro ou o experiente ator John Cusack demonstram em suas interpretações algum desejo de elevar o nível desse filme. Com uma participação sofrida da brasileira Rebecca da Costa como a femme fatale dessa produção, além de aparições grosseiras por parte de Crispin Glover, Dominic Purcell e Martin Klebba que colaboram para criação de um sub-noir de contornos contemporâneos descartáveis. Se o seu desenvolvimento se mostra arrastado, a grande revelação do desfecho até confere um bem-vindo gás ao conjunto, mas arruína tudo numa sequência final constrangedora. Por fim, “Profissão de Risco” é uma adaptação noir pobre em vários aspectos, bagunçada o tempo todo e de resultado esquecível.

Nota:  4/10

6 comentários:

  1. Primeira vez que leio algo sobre este filme. Parece legal para passar bem o tempo. É algo que talvez possa ver. E essa carinha de "coitada safadinha" da Rebecca da Costa...
    Abraços!

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    1. Particularmente acho o filme muito ruim, agora a Rebbeca é outra história....
      rsrsrs

      abraço

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  2. Não sei se pelo ator, mas é difícil vet Jonh em um bom filme.

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    1. Verdade. De uns tempos para cá tem sido difícil vê-lo em um bom filme. Mas não diria que a culpa é sua, mas dos projetos em si nos quais ele se envolve. De filmes cult a superproduções, só bobagens vem parar em sua mão.

      abraço

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  3. Sua crítica é perfeita.

    Fica a impressão de que o diretor quis fazer um filme cult por encomenda e se enrolou todo.

    A brasileira Rebecca da Costa tem um belo corpo, mas é péssima atriz.

    A única coisa interessante do filme é o sinistro recepcionista interpretado por Crispin Glover.

    Abraço

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