terça-feira, 7 de agosto de 2018

Crítica: Liga da Justiça | Um Filme de Zack Snyder (2017)


Impulsionado pela restauração de sua fé na humanidade e inspirado pelo ato heroico do Superman (Henry Cavill), Bruce Wayne (Ben Affleck) convoca sua nova aliada, Diana Prince (Gal Gadot) para combater um inimigo maior e muito mais perigoso que jamais Batman já havia confrontado. Com isso, Batman e Mulher-Maravilha passam a recrutar novos aliados, meta-humanos que estão escondidos pelo mundo a fim de evitar a extinção do planeta. “Liga da Justiça” (League Justice, 2017) é uma produção estadunidense de super-heróis escrita por Chris Terrio e Joss Whedon. Dirigida por Zack Snyder, o filme é inspirado nos personagens da DC Comics. Estrelado por Ben Affleck, Henry Cavill, Amy Adams, Gal Gadot, Ezra Miller, Jason Momoa, Ray Fisher, Jeremy Irons, Diane Lane, Connie Nielsen, J. K. Simmons e Ciarán Hinds, “Liga da Justiça” é o quinto filme de seu Universo Estendido da DC e conta a difícil tarefa de Batman e Mulher-Maravilha em montar uma equipe de super-heróis composta por Flash, Aquaman e Ciborgue para impedir que o Lobo da Estepe e seu exército de Parademônios consiga sucesso onde no passado da humanidade ele fracassou.

Quer queira quer não, há algo bastante explícito em “Liga da Justiça” que a DC deixou transparecer sem a intenção: o descontento da própria DC em relação aos seus próprios filmes e a inveja de superar os filmes do Universo Compartilhado da Marvel. Já que “Liga da Justiça” tem a cara dos filmes da Marvel, mas sem a eficiência e a força dos mesmos. E nessa corrida contra o tempo em que anda (pois a Marvel já está em seu vigésimo filme), o estúdio tem empilhado mais erros do que acertos, já que dentre todos os filmes realizados por eles até então apenas “Mulher-Maravilha”, de 2017, é um inquestionável sucesso de crítica e público. Porém com todos os erros que “Liga da Justiça” apresenta, como ”Batman vs Superman: A Origem da Justiça” ele também tem as suas qualidades. Prejudicado pelos problemas de bastidores (o suicídio da filha do diretor na metade das filmagens e problemas de alcoolismo de Ben Affleck durante as gravações), Joss Whedon que assina o roteiro assume as filmagens a certa altura do filme, embora não tenha seu nome no crédito de diretor. A história é mais simplista e menos sombria, como segue uma narrativa mais linear sem nenhuma elaborada reviravolta (a presença do Homem de Aço não era mais surpresa estar no filme muito antes de seu lançamento). O filme se apoia unicamente no material concreto da trama e sua forte inclinação para o humor regido pela presença de Ezra Miller, sobretudo nos desempenhos do elenco principal (com destaque para Gal Gadot).

Há várias passagens positivas nesse filme: depois de uma introdução musical fabulosa dada pela canção “Everybody Knows”, interpretada por Sigrid, começa a reunião do grupo. O problema é que há vários problemas de roteiro, costuras malfeitas e soluções para o desenvolvimento da trama que não são agradáveis. O super-vilão (100% digitalizado) é desinteressante e o clímax se mostra tão apressado quanto bagunçado, pois está recheado de diálogos horrendos que demonstram a falta de uma elaboração mais estudada do roteiro. Todavia, “Liga da Justiça” pode atender a suas necessidades caso o espectador não tenha grandes expectativas sobre ele. É uma pena que as melhores piadas já tenham sido desperdiçadas nos trailers, porque com toda certeza elas eram boas como as melhores cenas de ação também.

Nota:  7/10

2 comentários:

  1. Eu amo filmes de acao, fantasía é aventura! Desfruto muito deste gênero de filmes, sempre me chamam a atenção pela historia. Atualmente meu favorito é liga da justiça Fico feliz que você gostou, é um dos meus filmes / series preferido. Bom filme para ser visto num sábado, garantida a diversão ao espectador. Acho que o roteiro deste filme foi muito criativo e foi uma peça clave de êxito.

    ResponderExcluir